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RIO VERMELHO: UMA PARTE DA HISTÓRIA DA CIDADE QUE VIROU ESGOTO (TF)

É lamentável verificar uma situação dessas com o rio mais querido da cidade
Tasso Franco , da redação em Salvador | 26/06/2021 às 18:29
Rio Vermelho, um esgotão
Foto: BJÁ
   Com as novas tecnologias é possível despoluir o Rio Vermelho, em Salvador? Sem dúvida.

  O rio dá nome ao bairro, um dos mais antigos da capital baiana, antiga aldeia dos francesas dos tupinambás, e está lodendo, sujo, poluido. Veja a foto que fizemos esta semana sobre o rio chegando ao Largo da Mariquita para desaguar no mar. Trata-se, evidente, de ter vontade política e de investimentos para tornar o rio novamente piscoso e limpo.

   Pior se encontrava o Rio Cheonggyecheon, que corta a capital da Coreia dom Sul, Seul. Em 2003, o rio, que se encontrava poluído desde 1940, por ter se tornado depósito de lixo e esgoto da região, foi o objeto central de um projeto do prefeito da cidade. A ideia era humanizar a cidade, com a despoluição do rio e a construção de parques às suas margens. E foi isso que aconteceu e o Cheonggyecheon é um orgulho de Seul.

   O Tâmisa, em Londres, que é muito mais extenso e mais largo do que o Rio Vermelho, infinitamente maior, também foi despoluido e controlado. Barreiras foram construidas ao longo do Norte Tâmisa que controlam suas águas e evitam enchentes na cidade. 

    O Túria, em Valencoia, Espanha, que inundava uma boa parte da cidade inclusive parte do bairro histórico de El Carmen, foi desviado e despoluido. O seu antigo leito virou um parque, belíssimo, com quadras esportivas, pistas de bike e de cooper e outros equipamentos. É o maior parque da cidade, um cinturão verde.

   O Rio Vermelhjo, portanto, mereceria um tratamento desses e deixar de ser um esgotão. É triste, horrivel, lamentável ver um pedaço da história da cidade dessa forma. (TF)