Ainda há muitas dúvidas entre alunos e professores, mas vai começar. E o importante é dar o start
Tasso Franco , da redação em Salvador |
14/03/2021 às 20:00
O EAd já existe em várias partes do mundo e nos colégios privados do estadorep
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Ainda há muitas dúvidas dos estudantes e dos professores em relação ao ensino à distância da SEC/Estado da Bahia pela WEB, que se inicia nesta segunda-feira, 15. Estima-se provável que 40% a 50% do alunado seja atendido, o que será um feito extraordinário (algo em torno de 1 milhão de alunos do ensino médio). A SESC não quer reconhecer a perda do ano 2020 - o que é um erro - e insiste em fazer o ensino de 2 anos em 1 ano.
Correria desnecessária, antiprodutiva e que resultará em cumprimento de possíveis metas apressadas e sem produtividade. O melhor seria esquecer o ano de 2020 e tocar o ano de 2021.
Acontece que, muitos alunos da rede de ensino médio não tem computadores em casas e professores também. A maioria dos professores tem, mas, alguns não poussuem laptopos de qualidade. Esses teriam que ir para os colégios usar os sistemas públicos. Falta, ainda, treinamento dos professores e existem dezenas de dúvidas a serem sanadas.
A SEC não abriu uma linha de crédito para os professores (e até para os pais dos alunos) e levando-se em consideração o tamanho do estado da Bahia (553 mil km2 corresponde ao território da França) com áreas onde sequer existe banda larga e o há um contingente enorme do alunado da zona rural (a Bahia é o estado com maior zona rural do país), mais pobre e sem rede (teriam que ir assistir aulas numa escola o que está proibido), se conseguir atingir 50% do alunado (no total) será um bom percentual.
O importante é começar. A SEC demorou demais para fazer isso (deveria ter começado no segundo semestre de 2020, ao menos) e corre atrás do tempo com o uso das novas tecnologias, o que representa um avanço, pois, esse é o futuro da educação com cada vez menos alunos presenciais em salas de aula e mais alunos usando os mecanismos da internet e do Google (e outros) que são mais ágeis e com ilustrações de melhor qualidade.
Uma professora de Geopgrafia - por exemplo - poderá inserir ilustrações da Cordilheira dos Andes ou do Himalaia numa aula, em vários angulos e paises, o que não consegue em sala presencial.
Esse ensino remoto é o que há de mais importante na SEC nesses últimos anos. Claro, que todo começo tem seus entraves e na medida em que vai tendo mais experiências, mais aulas, mais troca de informações, mais treinamento, os sistemas vão sendo aperfeiçoados.
Os professores estão sem apoio. Cada qual que use o seu equipamento familiar e eles estão aceitando isso porque não há outra saída e também é bom para aprendem esse novo sistema. A SES tem um quadro burocrático qualificado e nesses últimos meses o trabalho foi árduro. Sem dúvida, se a SEC perfeçoar esse sistema e chegar a atingir a totalidade do alunado vai ser a maior 'revolução' no ensino médio da Bahia.
