Tecnologia

Operação Carnaval: segurança recebe reforço tecnológico com câmera

O titular da SSP, Maurício Barbosa, destacou que a segurança tem sido reconhecida como o melhor serviço público do Carnaval nos últimos anos.
Da Redação , Salvador | 07/02/2018 às 10:57
Câmaras serão acopladas nas fardas dos PMS
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O reforço da tecnologia é o destaque da Operação Carnaval 2018, da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), que envolve investimentos de R$ 45 milhões, 25 mil policiais e foi apresentada nesta quarta-feira (6), no Hotel Fiesta, em Salvador. Câmeras acopladas ao fardamento de policiais e oito drones serão utilizados pela SSP para acompanhar os foliões nos pontos mais movimentados do Carnaval, que deve reunir dois milhões de pessoas nas ruas da capital baiana. 

O titular da SSP, Maurício Barbosa, destacou que a segurança tem sido reconhecida como o melhor serviço público do Carnaval nos últimos anos. “E não é à toa. A Segurança Pública é a área que recebe maior investimento nas atividades de Carnaval. Se compararmos as festas dos últimos dez anos, vamos observar um Carnaval mais seguro, com uma grande experiência adquirida pelas polícias Militar, Civil e Técnica, mais a utilização dessas tecnologias”.  

Barbosa informou que, este ano, além dos 25 mil homens e mulheres, haverá um aporte maior de tecnologia. “São 230 câmeras espalhadas pelos circuitos, teremos câmeras acopladas às patrulhas, mandando imagens para o nosso Centro de Operações. Este ano também teremos uma unidade destacada de drones ajudando as polícias Militar, Civil e os serviços de inteligência”. 

Ainda segundo o secretário, as câmeras acopladas à farda dos policiais já foram utilizadas na Lavagem do Bonfim e outras festas. “Mas a transmissão é o ponto forte deste teste do Carnaval, devido ao grande número de veículos de comunicação utilizando as redes de transmissão. As imagens serão lançadas para os centros de Comando e Controle e de Comando Móvel”. 

Carnaval no interior e nos bairros

Barbosa garantiu que o planejamento não se resume apenas aos circuitos oficiais, mas aos nove bairros da capital onde há folia e aos 39 municípios no interior onde são realizadas festas tradicionais. “Não adianta todo esse preparo se o folião não for para a festa com o espírito de brincar, de paz. É isso que a gente pede, as forças de segurança e os foliões é que fazem, juntos, um Carnaval de paz. 

Polícia Militar

O comandante-geral da PM, coronel Anselmo Brandão, anunciou outra novidade nos 42 portais da festa. “Nós iremos utilizar cães farejadores, para identificar drogas que não são percebidas na revista manual”. Segundo ele, desde a implantação dos portais, o número de registros de problemas com armas e lesões corporais vem sendo reduzido nos últimos anos. “Em 2015, tivemos 25 pessoas feridas nos três circuitos. De 2016 até agora, houve apenas uma pessoa baleada, e mesmo assim fora do circuito”. 

Brandão disse que, desde dezembro, a PM já está trabalhando no clima de Carnaval. “Até o momento, em todas as festas, não tivemos nenhum registro de lesão corporal. Essa é uma prova de que a prevenção, a utilização de tecnologia e o policiamento nas ruas, inclusive com abordagens, têm reduzido as ocorrências”. O comandante informou ainda que a PM tem um grupo de apoio no aeroporto, com policiais bilíngues, que acompanham a chegada de turistas e fazem toda a orientação. “Tivemos neste verão uma temporada de navios e não houve um único registro envolvendo turistas. Então a prevenção está sendo bem aplicada”. 

Polícia Civil

De acordo com o delegado-chefe da Polícia Civil, Bernardino Brito, serão 2,5 mil policiais civis em todo o circuito, realizando atividades diversas. “Teremos policiais infiltrados nos camarotes, nos blocos e na pipoca, para identificarem pessoas portando armas, vendendo ou usando entorpecentes. Também alertamos foliões que tenham o número do IMEI [número de identificação global e único para cada telefone celular], para que, caso sejam furtados, nós possamos bloquear o aparelho”. 

Brito informa que a Delegacia Digital deve ser acessada para roubos, furtos e extravio de documentos. “Se for uma situação em que a pessoa precise ter algum fato investigado ou realizar perícia, ela deve procurar uma delegacia. 

Nós teremos os postos policiais integrados no circuito, que farão os registros diversos e, se houver a necessidade da formalização de algum fato, a pessoa será encaminhada para uma das sete Centrais de Flagrantes, quatro no circuito Dodô e três no circuito Osmar. Também temos as Delegacias Especializadas, para atender turistas ou qualquer cidadão”. 

Outra ação da Polícia Civil, segundo Bernardino Brito, é o cumprimento de mandados de prisão. “Hoje estamos realizando uma operação com 50 mandados de prisão, estamos dando cumprimento a todos os nossos mandados em aberto, para tirar de circulação aquelas pessoas que têm pendências com a justiça”.