Tecnologia

IPHONE 10 ANOS: O aparelho que mudou a vida de bilhões de pessoas, NF

Nara Franco é jornalista no RJ
|Nara Franco , RJ | 29/06/2017 às 12:45
Steeve Jobs o gênio criativo
Foto: DIV
   Um aparelho de telefone pode mudar hábitos? Pode. Pensando assim, qualquer eletrônico causa impacto na sociedade desde a descoberta do fogo (que não é algo tecnológico, mas revolucionou a Idade da Pedra). Imagino que invenção de Alexander Grambell tenha gerado grande alvoroço logo que chegou a casa das pessoas. Mas há 10 anos, este mesmo aparelho - o telefone - causou uma revolução silenciosa que mudou para sempre a maneira como nos comunicamos, trabalhamos e registramos momentos da nossa vida. 

O iPhone foi lançado em 29 de junho de 2007. Steve Jobs manteve o segredo a sete chaves e assombrou o mundo com um produto quase que 100% inovador. Não diria totalmente de "outro mundo" porque o aparelho é na essência um telefone. Mas ao contrário dos smartphones disponíveis naquela época, o IPhone colocou a Internet no bolso das pessoas, que de fato podiam ver sites (por completo) no telefone e não um emaranhado de palavras. sem falar no Touch Screen. Alguém consegue imaginar hoje um telefone sem touch? 

O IPhone afundou o Blackberry, aparelho que funcionava com um mouse que sempre quebrava e um teclado meia bomba, que ao menos serviu para nos ensinar a digitar em um teclado tão pequeno. Era bom, mas ruim. Só com o IPhone vimos que o mundo podia ser melhor. O aparelho da Apple também afundou as máquinas digitais. Passamos a registrar tudo a todo momento. E com qualidade!

Este ano, de acordo com estudos da KeyPoint Intelligence, 1,2 trilhão de fotos serão tiradas em todo o mundo e 85% delas serão feitas em telefones. Sem o IPhone esse número seria impossível. 

Outro ponto importante: com o IPhone nasceram os aplicativos, os famosos apps. Há dez anos, a Apple Store tinha 50 aplicativos. Hoje são 2,1 milhões. De repente os telefones se tornaram bancos, supermercados, lojas de sapatos e roupas, gravador, câmera, guias de viagem e até vídeo game. Tudo ficou acessível. 

Reparem quando um político aparece no Jornal Nacional. Até pouco tempo, microfones e gravadores brigavam por espaço. Com o IPhone, celulares e microfones disputam este lugar. Então para que relógio, lanterna e mapas? No telefone tem!

Nos primeiros meses de 2017, Apple e Android juntas ganharam mais de 10 bilhões de dólares com apps. Estamos falando de downloads e publicidade. Nada mal. 

Nem parece, mas estou escrevendo esse texto no telefone enquanto espero a fila do supermercado andar. Até isso o IPhone mudou. Trabalhamos a qualquer momento e circunstância. Bom por um lado e ruim por outro. O expediente nunca acaba. E há quem fique viciado e workaholic ou ainda mais workaholic. Ponto negativo. 

Para nós jornalistas, nada de jornal impresso ou revistas. O povo gosta mesmo é de baixar aplicativos de notícias. Ruim ou bom? A discussão continua. Fato é que o IPhone foi um marco. Depois dele, todos os telefones ficaram iguais (a ele). Todos com touch e aplicativos, câmeras de última geração, email, mídias sociais e muitas outras ferramentas. Mas sempre na carona do produto genial do menos genial Jobs. Falar ao telefone é o que menos importa. Ter um IPhone é muito mais que isso.