Tecnologia

CEMITÉRIO CAMPO SANTO utiliza métodos mais modernos em sepultamentos

Novas tecnologias a serviço do sepultamento
Comunicativa , da redação em Salvador | 04/06/2017 às 13:53
Ambiente renovado no Campo Santo
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Com operações iniciadas no dia 9 de maio, os módulos verticais de sepultamento que a Santa Casa da Bahia instalou no Cemitério Campo Santo têm aparato tecnológico inovador de tratamento de gases no processo de decomposição, o que garante mínimo impacto ambiental e mais segurança. Composta inicialmente por 796 gavetas, a estrutura conta com o sistema Eco No-Leak, inédito na Bahia e totalmente informatizado, autômato e controlado em tempo real, que está em plena conformidade com a resolução 335/2003 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONOMA).
 
O modelo que o Campo Santo está aplicando nos módulos verticais ainda aproveita material sustentável na fabricação dos tampos e das gavetas para sepultamento, o eco granito, uma resina a base de garrafas pet recicladas, bagaço de cana-de-açúcar e fibra de casca de coco. “Para cada gaveta de fibra de vidro que estamos utilizando, são retiradas do meio ambiente 167 garrafas pet”, salienta o gerente do Cemitério Campo Santo, Roberto Taboada.
 
“Nos cemitérios horizontais a filtragem dos gases se faz naturalmente pela camada de solo existente sobre as sepulturas. Na maior parte dos cemitérios brasileiros que realizam sepultamentos verticais o que encontramos é simplesmente um projeto que utiliza a passagem dos gases por uma coluna de carvão ativado para diminuir os odores, mas que continua gerando uma grande quantidade de resíduos sólidos", ressalta.

Com o Eco No-Leak há duas etapas de tratamento anteriores ao carvão ativado, a lavagem de gases e a utilização de óxido de ferro, o que reduz em mais de 95% a concentração do gás sulfídrico, que é bastante tóxico e provoca chuva ácida. O resultado é a geração mínima de resíduos sólidos e de contaminação do ar e do solo.

Taboada também destaca que a verticalização dos cemitérios é uma tendência irrevogável. “A falta de grandes áreas nos centros urbanos exige a verticalização das necrópoles. Além disso, o manejo ambiental de cemitérios nesse formato é bastante facilitado”, salienta.
 
Aceitação

Para o provedor da Santa Casa da Bahia, Roberto Sá Menezes, a expectativa é de que o novo modelo de sepultamento seja bem aceito entre os baianos. “A Santa Casa atende as necessidades da população há 468 anos. Essa nova etapa reforça os valores da instituição em oferecer serviços com responsabilidade", afirma.
 
Segundo Roberto Sá Menezes, cemitérios tradicionais, públicos ou privados, localizados em outras cidades do Brasil, que passaram por intervenções semelhantes, têm registrado alto índice de aceitação. "Os novos formatos estão acompanhados de melhorias em nível de serviço, compromisso ambiental e procedimentos reformulados. É exatamente isso que estamos oferecendo à população de Salvador".
 
A iniciativa marca mais uma etapa do conjunto de investimentos e esforços que vêm sendo aplicados para garantir, a longo prazo, a sustentabilidade e saúde financeira da Santa Casa da Bahia. O rendimento do Cemitério Campo Santo é aplicado na manutenção dos projetos sociais da instituição, que hoje atendem continuamente 2.000 crianças, jovens e adultos.