O secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, junto com a equipe técnica de monitoramento do Inema, sobrevoou por mais de três horas na manhã desta sexta-feira (8) toda a costa do Extremo Sul da Bahia, incluindo o Parque Nacional de Abrolhos, e não identificou nenhum tipo de sedimento visível característico do acidente ambiental em Mariana (MG). A água será coletada em alguns pontos para análise. 

TRAGÉDIA ANUNCIADA

Em meio às informações de que a lama proveniente do vazamento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), pode ter chegado à região do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, o deputado estadual Alex Lima (PTN) criticou a falta de ações preventivas por parte da mineradora. “Essa já era uma tragédia anunciada desde novembro, quando ambientalistas ressaltavam as reais possibilidades da lama atingir essa, que é a área de maior biodiversidade do Atlântico Sul, e de lá para cá nada foi feito para impedir”, frisou o deputado.

Em novembro, Alex Lima, durante sessão, alertou sobre os riscos caso a lama com rejeitos chegasse à reserva baiana. “Agora, mais do que nunca, é preciso saber de onde virão os recursos para recuperar essa importante área do turismo do Estado e quem serão os responsáveis”, questionou. 

Lima pediu ainda celeridade a mineradora responsável pelo desastre ambiental, no recolhimento dos dejetos que deixam as águas turvas das praias turísticas mais importantes da Bahia. "A lama traz prejuízos também as praias da região de Caravela e Trancoso", lembrou o parlamentar.