Bahia conquista mais R$ 1,5 bilhão de investimentos em 18 empreendimentos de energia eólica e solar
Mendes Jr , Salvador |
13/11/2015 às 19:44
Morro do Chapéu beneficiada
Foto: SDE
O Estado da Bahia foi o grande vencedor no leilão de energia de reserva promovido pelo Governo Federal hoje (13.11.2015), que contratou 1.477,5 megawatts em usinas eólicas e solares. A Bahia conquistou 24 dos 53 empreendimentos distribuídos em 9 estados, demandando cerca de R$ 2,8 bilhões em investimentos,
sendo R$ 2,2 bilhões em energia eólica e R$ 687 milhões em energia solar. As usinas solares e eólicas começam a produzir energia em 1º de novembro de 2018. O contrato tem prazo de duração de 20 anos.
Entre os vencedores, pelo lado das usinas eólicas, aparecem a EDP Renováveis, com cinco parques em Morro do Chapéu e produção de 140MW; a Rio Energy com oito usinas, também em Morro do Chapéu, e produção de 176MW; e a espanhola Gestamp, com potência de 20MW em Juazeiro, no Vale do Salitre. O valor do investimento ultrapassa a casa de R$ 1 bilhão. Entre os empreendimentos solares em território baiano, destaca-se a norte-americana SunEdison, com quatro parques em Juazeiro, no Vale do São Francisco, com potência de 119,34MW, representando investimentos de R$ 488 milhões.
“A Bahia, mais uma vez, foi a grande beneficiada neste novo leilão da Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica (CCEE). Temos os melhores ventos e temos um sol radiante, mas a determinação do Governo da Bahia em organizar a cadeia produtiva das energias eólica e solar continua. E vencer o leilão aumenta ainda mais a nossa responsabilidade em acelerar as licenças ambientais e facilitar a logística”, destaca Jorge Hereda, secretário de Desenvolvimento Econômico.
ECONOMIA
PARA OS CONSUMIDORES
O leilão obteve deságio de 15,35% ante o teto fixado, o que representa uma economia de R$ 4 bilhões para os consumidores, segundo a CCEE, que organiza a licitação.No caso das eólicas, o preço médio por MWh foi de R$ 203,46; nas usinas fotovoltaica, foi de R$ 297,75.
A energia futura contratada representa um acréscimo de cerca 2% da carga média diária atual do sistema, de cerca de 60 GW. Hoje, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a energia eólica e solar respondem, juntas, por 4,82% da geração de energia do sistema. O objetivo do leilão, conforme o governo, é aumentar a segurança do fornecimento de energia elétrica no país e reduzir os riscos de desequilíbrio entre a oferta e a demanda.