Tecnologia

Apple Watch impulsiona tecnologia de recarga sem fio de baterias

Em 2013, menos de 20 milhões de celulares com o recurso foram vendidos
G1 | 11/09/2014 às 19:08
Apple Watch
Foto: Apple

A adoção da recarga sem fio na bateria do Apple Watch, novo relógio inteligente da Apple, pode ser o momento decisivo para uma tecnologia que tem sofrido há anos em meio a padrões concorrentes e confusão de consumidores.

Apoiadores do recarregamento sem fio veem um futuro no qual as pessoas estão livres de cabos de energia embaraçados e avisos de bateria baixa, e onde termos como "tomada" e "conectado a cabo" serão tão anacrônicos quanto "discar" um telefone.

Embora a tecnologia já seja capaz de alcançar isso em grande parte, a concorrência para definir um padrão global está dificultando sua entrega. No momento, existem três alianças, que ainda não tem muito para mostrar.

"Existem agora muitas abelhas em volta da colmeia", disse Omri Lachman, presidente-executivo da Humavox, uma startup israelense com sua própria tecnologia de recarga sem fios. "Até agora, não vimos um grande agrupamento de recarga de bateria sem fio em dispositivos. Há um bom motivo para isso: três padrões para o mesmo tipo de tecnologia".

Disputa similar já aconteceu entre as fitas Betamax e VHS há quatro décadas, ou mais recentemente entre Blu-ray e HD DVD pela supremacia no formato de disco de alta definição.

No ano passado, menos de 20 milhões de celulares foram vendidos com capacidade de recarga sem fio, segundo a consultoria em tecnologia IHS – menos de 2% do bilhão de smartphones vendidos no mundo.

Embora usuários claramente vejamm a recarga de aparelhos sem fios – com celulares, tablets e outros dispositivos sendo carregados ao deixá-los sobre uma plataforma ou outra superfície – como uma evolução natural, alguns líderes da indústria alertam que ainda ter de ligar o dispositivo de recarga na tomada pode ser trabalhoso para alguns. "Ter que criar outro dispositivo que você precisa ligar na tomada na verdade é, na maioria das situações, mais complicado", disse o vice-presidente da Apple, Phil Schiller, há apenas dois anos.