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Prefeitura de SSA incentiva população a compensar emissão de carbono

VIDE
Tasso Franco , da redação em Salvador | 03/07/2014 às 11:42
Fan Fest na Barra
Foto: BJÁ
A Prefeitura, através do Escritório Municipal da Copa (Ecopa), em parceria com a consultoria na área ambiental Eccaplan e o portal EcoDesenvolvimento, criou uma calculadora especial para incentivar os participantes do Mundial a calcularem as emissões de carbono geradas por eles para chegarem ao evento. A proposta é que as pessoas compensem o que foi emitido apoiando projetos socioambientais brasileiros certificados do Programa Evento Neutro (www.eventoneutro.com.br). O relatório da Pegada de Carbono da Copa do Mundo no Brasil – 2014 FIFA World CupBrazilCarbonFootprint –, estima uma emissão total de 2,7 milhões de toneladas de CO2eq, desde a preparação da Copa das Confederações até a realização da Copa do Mundo.

As atividades relacionadas a esta última etapa, representam, isoladamente, 90,8% das emissões totais. Em São Paulo, a calculadora de emissão foi adotada pelos organizadores da Fan Fest de São Paulo. O secretário do Escritório Municipal da Copa (Ecopa), Isaac Edington, avalia que esse é um número expressivo, que pode ser comparado a emissões de carbono de uma grande capital. Ele cita, por exemplo, que Curitiba emite quantidade similar, mas num período mais longo, de aproximadamente nove meses de atividades.

Na prática, a compensação poderá ser realizada com a compra de créditos de carbono de projetos ambientais certificados e auditados, a exemplo do Projeto Florestal Santa Maria, que promove a redução de emissões de carbono através da preservação e manutenção da reserva florestal. Esse mecanismo faz com que as florestas tenham mais valor em pé do que derrubadas, criando um valor financeiro para o carbono armazenado nas árvores, e contribui para a redução de emissão dos gases de efeito estufa. O presidente da Eccaplan, Fernando Beltrame, observa que essa iniciativa reforça o comprometimento da Prefeitura com o desenvolvimento sustentável. Ele lembra ainda que a criação de uma lei nacional de pagamentos por serviços ambientais, que instituirá o princípio do “poluidor-pagador e protetor-recebedor”, está a caminho.