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Mosteiro de São Bento disponibiliza obras raras digitalizadas

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Cia da Comunicação , da redação em Salvador | 14/04/2014 às 22:10
Monge beneditino trabalhando na biblioteca
Foto: DIV
Na próxima terça-feira, 22 de abril, 10h, o Mosteiro de São Bento apresenta ao público o projeto de restauração e digitalização de livros raros de uma das mais importantes bibliotecas do Brasil. Ao todo, serão disponibilizadas ao público 60 obras raras, dos séculos XVI ao XIX, que poderão ser acessadas gratuitamente pela internet no endereço www.saobento.org/livrosraros. As obras passaram por um delicado e rigoroso processo de restauro, feita por uma equipe multidisciplinar de especialistas, com técnicas inovadoras de manuseio e conservação de papéis antigos. 

O projeto durou cerca de dois anos e conta com investimentos de de R$ 500 mil, oriundos do Fundo de Cultura da Bahia, destinado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

Entre as obras restauradas e digitalizadas está a coleção “Obras Completas de Luiz de Camões”, edição crítica com as mais notáveis variantes, de 1873; o compêndio “O Medico do povo”, de 1868, com instruções para cura e tratamento de moléstia; “Cartas Selectas”, de Padre Antônio Vieira, de 1856; “Index Librorum Prohibitorum”, do Papa Bento XIV, de 1764 e “Historia dos Judeos”, de Flavio José, de 1793. Os mais antigos da lista são: “Cometario as Sentenças de Duns Scoto, do Fr. Nicolau de Orbellis”, de 1503, e “Suma Theologica Secundæ”, de São Tomas de Aquino, de 1534.

 O Mosteiro de São Bento da Bahia foi o primeiro mosteiro fundado pela ordem dos Beneditinos nas Américas. Sua biblioteca, alvo de pesquisadores de todo o mundo, foi fundada em 1582 e é tombada pelo Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) desde a década de 1930. O acervo ultrapassa os 200 mil volumes, e o setor de obras raras possui aproximadamente 13 mil obras impressas do séc. XVI ao XIX.