Airbag evitou impactos na cabeça e tórax, e cinto manteve motorista lúcida até cair na água
Fernando Miraguaia/Globo , RJ |
06/03/2014 às 10:59
Os equipamentos de segurança salvaram a mulher
Foto: FM
RIO — Milagres acontecem, mas, no caso de Marina Pinto Borges — que caiu com o carro da Ponte Rio-Niterói na segunda-feira — qualquer ajuda suprema teve a colaboração de uma dupla eficaz: cinto de segurança e airbag. Só os dois dispositivos explicam como a motorista saiu com poucas lesões de seu Renault Sandero após capotar sete vezes e despencar de uma altura de 50 metros na Baía de Guanabara.
Motorista que caiu da Ponte Rio-Niterói é transferida para o Hospital Pasteur
'Ela nasceu de novo', diz namorado da motorista que caiu da Ponte Rio-Niterói
Os airbags frontais são acionados em milésimos de segundo após sensores detectarem uma desaceleração brusca do veículo — como numa colisão forte de frente.
Momentaneamente infladas, as bolsas de ar amortecem o corpo do condutor e do passageiro da frente, evitando impactos da cabeça e do tórax contra o volante, o painel e o para-brisa. Logo após elas se esvaziam. Ou seja, o airbag só protegeu Marina no impacto inicial.
A partir de então, foi o cinto de segurança que, literalmente, segurou a motorista e a manteve viva. Sem o cinto, Marina teria ricocheteado dentro do Sandero durante as sete capotagens e a queda, ou poderia ter sido atirada para fora do automóvel. Protegida pelo cinto, ela não bateu a cabeça e se manteve lúcida quando o carro caiu na água. Graças a isso, pôde desatar a fivela e sair do automóvel antes que este afundasse.
No entanto, em 2012 o Sandero não se saiu bem em um teste de impacto feito pelo Latin NCAP (órgão independente que avalia a segurança dos carros na América Latina). O teste apontou deformações indesejadas e “desempenho instável da carroceria”. Das cinco estrelas possíveis, o carro só ganhou uma. O exemplar testado, porém, não tinha airbags, então opcionais.