A Motorola, companhia do Google para o setor de smartphones, apresentou o projeto de um celular que pode ser montado e desmontado para que receba novos componentes conforme o interesse de seu dono, o que promete acabar com o processo de envelhecimento de uma geração de celulares quanto um novo é lançado.

  Chamado de Projeto Ara propõe um aparelho em que componentes podem ser acoplados como se fosse um jogo de montar. Os módulos (que podem ser processadores, telas, teclados, baterias extras) são conectados a uma espinha dorsal, chamado de exoesqueleto.

O Ara foi criado “para dar a você o poder de decidir o que um telefone faz, como ele parece, onde foi feito e do que ele é feito, quanto ele custa e por quanto tempo você irá mantê-lo”, escreveu Paul Eremenko, do grupo de Projetos e Tecnologias Avançadas da Motorola, no blog oficial nesta segunda-feira (28).

De acordo com Eremenko, o Ara vem sendo desenvolvido ao longo do último ano. Recentemente, outro projeto similar, chamado de Phonebloks, trouxe a proposta de criar um aparelho que poderia ser customizado de acordo com o interesse de seu dono. O idealizador da Phonebloks, Dave Hakkens, tem trabalhado em conjunto com a Motorola para aprofundar questões técnicas sobre o assunto, assim como voluntários que se prontificaram a desenvolver um sistema.

“Nós queremos fazer pelo hardware o que a plataforma Android tem feito pelo software: criar um vibrante ecossistema de desenvolvimento terceirizado, diminuindo as barreiras de entrada, aumentando o andar da inovação e comprimindo substancialmente o desenrolar do desenvolvimento”, escreveu a Motorola.

A Motorola enviará em “alguns meses” convites para desenvolvedores começarem a criar módulos para a plataforma Ara.