O material recuperado será transformado em computadores que serão doados para instituições de caridade ou de inclusão digital
Qualidade , Salvador |
03/08/2013 às 09:40
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o maior produtor de lixo eletrônico entre os países emergentes, gerando em média meio quilo por pessoa a cada ano. Pensando nisso, o professor do curso de Sistema de Informação da Estácio FIB, Edmilton Romão, desenvolveu o projeto “Lixo Eletrônico”, que consiste em coleta e reciclagem de materiais eletrônicos, que serão transformados em computadores e doados para instituições de caridade ou de inclusão digital.
A equipe de pesquisa do projeto é formada por dois professores orientadores, três alunos bolsistas de iniciação científica e quatro alunos voluntários. De acordo com Edmilton Romão, “Lixo Eletrônico” ainda está em fase inicial, mas a expectativa é que no final do semestre esteja em andamento. “Já conseguimos dois caminhões de materiais (teclados, monitores, placas, CPUs etc.) que foram doados por uma rede de supermercados. Só estamos providenciando um galpão para guardar tudo”, afirma.
A ideia para o projeto surgiu da linha de pesquisa do professor, que há alguns anos estuda o ciclo do lixo eletrônico: produção, consumo, descarte, reuso e reciclagem. Após realizar palestras sobre o tema na instituição, ele resolveu colocar o projeto em prática, apresentando-o para a diretoria da Estácio. A aprovação aconteceu há três meses e a equipe trabalha em um laboratório no campus Gilberto Gil, no Stiep.
5º Fórum Anual de Docentes Estácio
Por conta da sua importância para a redução dos impactos ambientais, o projeto foi um dos escolhidos para participar do VI Concurso de Produção Científica da Estácio, que premiará artigos científicos, projetos de extensão e ensaios produzidos por professores de todas as regiões do Brasil. O resultado do concurso será conhecido durante o 5º Fórum Anual de Docentes Estácio, que acontece nos dias 7 e 8 de agosto, no Rio de Janeiro.
Com o tema “Educação na Sociedade do Conhecimento”, o evento tem como objetivo reunir os professores do grupo Estácio com melhor avaliação para troca de experiências, apresentação de palestras e reconhecimento de projetos inovadores. “Acredito que será uma ótima experiência. Uma oportunidade para trocar conhecimentos e refletir sobre as práticas pedagógicas”, afirma Edmilton Romão, que há oito anos leciona na Estácio FIB.
Decomposição
Um computador leva cerca de 300 anos para se decompor. Seus componentes não podem ser destinados para a coleta de lixo, nem descartados nas vias públicas ou áreas particulares. Na hora de descartá-los, o ideal é procurar por ONGs e empresas especializadas em reciclagem de lixo eletrônico.