A Apple revelou no domingo (16) que recebeu entre 4 mil e 5 mil pedidos das autoridades americanas em um período de seis meses, como parte de um programa secreto de vigilância do governo dos Estados Unidos. A Microsoft e Facebook também divulgaram detalhes sobre os pedidos de informação privada feitos pelos EUA.
Em seu site, a Apple afirma que entre 1º de dezembro de 2012 e 31 de maio de 2013, as autoridades americanas enviaram até 5 mil pedidos de informação sobre seus usuários, envolvendo entre 9 mil e 10 mil contas ou dispositivos.
As solicitações chegaram de governos federal, estaduais e locais e incluíam tanto investigações criminais quanto assuntos de segurança nacional. "A forma mais comum de pedido veio de policiais que investigavam roubos e outros crimes, em busca de crianças desaparecidas, tentando localizar um paciente com Alzheimer, ou na esperança de evitar um suicídio", explicou a Apple.
A companhia ainda disse que o setor jurídico avalia cada pedido. “Apenas se for o caso, recuperamos e entregamos o conjunto de informações mais limitado possível às autoridades”.
Segundo a Apple, algumas categorias de informações não são fornecidas às autoridades ou qualquer outro grupo pois a empresa escolhe por não guardá-las, como conversas nos aplicativos iMessage e FaceTime. “Da mesma forma, nós não armazenamos dados referentes à localização dos usuários, buscas no Mapa ou solicitações à Siri em qualquer forma de identificação”.
Apple, Facebook, Microsoft e outros gigantes da internet e do setor de tecnologia estão no centro do debate após a revelação de um vasto programa secreto de monitoramento das comunicações internacionais na internet, que segundo as autoridades americanas tem como objetivo apenas estrangeiros suspeitos de atividades terroristas e permitiu neutralizar ataques.