Primeira no país a adotar o aplicativo Mobilidade em Operações Policiais (MOP), a Secretaria da Segurança Pública da Bahia vai mostrar sua experiência com o uso desta tecnologia no evento Blackberry World 2012, que acontece no período de 1º a 3 de maio, em Orlando, nos Estados Unidos. Desenvolvido especialmente para atender o perfil da polícia baiana, o MOP vem sendo utilizado há dois anos com sucesso nas mais diversas operações envolvendo equipes civis e militares.
Dois investigadores da Polícia Civil, Valter Barbosa e Alan Evangelista, o tenente da Polícia Militar João Alves, e o presidente da Tecnew Informática, empresa que desenvolveu o software, engenheiro Marco Túlio, participam de um painel no centro de convenções do Orlando World Center Marriott, onde estarão sendo exibidos os resultados obtidos com a ferramenta desde fevereiro de 2010, quando estreou em pleno Carnaval baiano, que reúne mais de dois milhões de foliões nas ruas de Salvador.
Com flexibilidade para acessar de forma remota e segura informações críticas, o MOP será demonstrado para o público presente no evento, ilustrando em tempo real como as polícias baianas utilizam a ferramenta em suas atividades diárias. O público poderá ver como é possível ter acesso à central de alerta da polícia e também ao álbum de fotos dos criminosos da SSP, onde 1948 fotos ficam disponíveis para facilitar a identificação de bandidos.
250 MIL CONSULTAS
Antecedentes criminais de pessoas fichadas em todo o país, restrição de veículos, definição geográfica do crime, com indicação de coordenadas, e mapa dos locais com maiores incidências de homicídios estão, por exemplo, entre os dados disponíveis por meio do Blackberry. O uso garante agilidade e eficiência na busca de informações sobre crimes e suas autorias.
Apenas na Polícia Civil, em dois anos de uso, mais de 98 mil consultas foram realizadas pelos 729 servidores cadastrados. Atualmente cerca de 300 consultas são realizadas diariamente por delegados, investigadores e escrivães. Na PM, o volume foi superior a 152 mil consultas, no mesmo período de dois anos.
O investigador Alan Evangelista, da Coordenação de Tecnologia da Informação e Telecomunicação (CTIT), explicou que a necessidade de oferecer comunicação rápida e móvel entre policiais em campo fez com que a Polícia buscasse melhorias para os equipamentos utilizados. "O uso do Blackberry tem por objetivo coletar o maior número de provas periciais e técnicas em menor tempo", salienta.
Segundo ele, o evento na Flórida servirá também para que sejam conhecidos centenas de aplicativos desenvolvidos para aparelhos Blackberry tanto em palestras quanto em cursos previstos nos três dias. "Será possível também conhecer outros aplicativos, desenvolvidos, por exemplo, para sistemas de telefonia móvel, o que abre outra infinidade de possibilidades na coleta de dados numa investigação", previu.