Hoje, dia 28 (janeiro, 2012), das 14h às 18h, acontece a última edição das Oficinas de Jogos Eletrônicos e Modelagem no Solar Ferrão, voltada a crianças de até 12 anos de idade. Localizado na Rua Gregório de Mattos, 45, no Pelourinho, o secular prédio de seis andares tem exposições permanentes de artes africanas, sacra e arte popular, e recebe as oficinas para movimentar este centro cultural.
A iniciativa é do Projeto Todos Verão Pelô, lançado no último dia 19 e que tem patrocínio do Governo do Estado, via lei de incentivo Fazcultura da Secretaria de Cultura (Secult). Apóiam a programação o Centro de Culturas Populares e Identitárias (Ccpi), a Diretoria de Museus e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) responsável pela administração do Ferrão.
As atrações acontecem em espaços do Pelourinho até 12 de fevereiro, movimentando a área com manifestações artísticas como o Zambiapunga dos municípios baianos de Nilo Peçanha e Cairú. Caretas, mascarados e cabeçorras do Carnaval de Maragojipe e o Samba de Roda de Serrinha estão presentes, assim como, o samba de roda e a Lavagem de Irará que já se apresentaram na Praça Tereza Batista.
"O objetivo principal do projeto é trazer diversidade cultural para as ruas do Pelourinho", explica André Reis, criador e coordenador geral do projeto. Reis também elogia o incentivo estadual. O Fazcultura possibilita que manifestações do interior da Bahia muitas vezes desconhecidas dos soteropolitanos e turistas possam ter visibilidade em Salvador, diz.
Com capacidade para 60 crianças em cada turma, as Oficinas de Jogos Eletrônicos e Modelagem no Ferrão, acontece gratuitamente. Conduzidas por monitores as crianças farão passeio por coleções de artísticas do Ferrão, como a Lina Bo Bardi de Arte Popular, a de Artes da África e a de Arte Sacra, sendo depois direcionadas para as oficinas educativas. As atividades atrairão as crianças para visitar o museu, enquanto uma turma de crianças visita as exposições a outra fica nas oficinas aprendendo e brincando, finaliza Ivana Costa, produtora do evento.
O grande mérito da intervenção no Ferrão é unir o contemporâneo com o tradicional, e trazer algo atrativo que sirva de chamariz real para crianças e adolescentes, comenta Ivana Costa. Segundo André Reis, além de divertir as crianças podem aprender com os monitores e os acervos museológicos do Ferrão. No último sábado as crianças se permitaram conhecer algo novo e percebam que museu também é espaço lúdico. Enquanto eles aguardavam a sua vez de jogar, foram convidados a conhecer as exposições e saíram encantados, lembra a produtora Ivana.