O senador Walter Pinheiro (PT-BA) destacou, nesta quinta-feira (18), durante discurso no Plenário, o desenvolvimento de uma nova tecnologia que permitiu o lançamento de uma plataforma petrolífera por meio de balsa, no Recôncavo baiano. Segundo Pinheiro, essa operação é tradicionamente feita a partir de um dique seco e de uma rampa fixa, mas o Consórcio Rio Paraguaçu conseguiu realizar o procedimento inovador no dia 24 de junho, quando a plataforma P-59 deslizou para fora da balsa e estabilizou o casco flutuante no rio.
"Acabamos de dar um passo fundamental, com contribuição de tecnologia, de novas técnicas de produção de petróleo, ao mesmo tempo, utilizando a experiência da nossa Petrobras e a criatividade do povo baiano", disse.
Para ele, "o sucesso desse procedimento comprovou a criação de um novo método para lançamento de plataformas auto-elevatórias ou jackup". O senador ainda informou que essa opção tem sobre a operação tradicional a vantagem de custo reduzido e de uma maior flexibilidade. "Portanto, fica patenteado que a Bahia dispõe hoje de uma indústria e de profissionais capazes de cumprir todas as etapas de construção e lançamento de uma estrutura tão complexa, como a de uma plataforma para produção em águas profundas", completou.
Pinheiro também afirmou que o Brasil vem sendo um dos países que mais tem avançado no desenvolvimento de tecnologias e pesquisas de águas profundas e defendeu que este deve ser o elemento principal do debate acerca da divisão dos royalties do pré-sal. "O debate deve partir dessas proezas e não a partir da relação com a costa que cada Estado tem. O investimento para que a gente chegue nessas profundezas para buscar o pré-sal é um investimento do País inteiro. Portanto, o resultado dessas pesquisas, o resultado dessa prospecção, o resultado dessa conquista tem que ser distribuído para todo o País. Afinal de contas, o desenvolvimento é feito por todo o País", concluiu