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ESA DIVULGA IMPRESSIONANTES FOTOS VULCÕES COM 5.5KM ALTURA EM MARTE

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| 01/04/2011 às 10:05
Vulcões Veraunius Tholus e Uranius Toluns, em Marte
Foto: ESA

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou nesta sexta-feira imagens dos vulcões Ceraunius Tholus e Uranius Tholus de Marte capturados pela sonda Mars Express.


Ceraunius e Uranius estão localizados na região de Tharsis e medem 5,5 km e 4,5 km de altura. Seus diâmetros são de 130 e 62 km, respectivamente.


Junto aos vulcões podem ser observados vales formados pelas erupções, dos quais o mais amplo alcança 3,5 km de diâmetro e 300 metros de profundidade.


Os cientistas da ESA geraram tais imagens a partir dos dados recolhidos pela sonda em três órbitas diferentes ao redor do planeta vermelho entre novembro de 2004 e junho de 2006, assinalou essa agência em comunicado.



GENES
Um grupo de cientistas americanos vem desenvolvendo um instrumento para analisar a possível existência de organismos vivos com genes comuns em Marte e na Terra, informou na quarta-feira o Massachusetts Institute of Technology (MIT). A pesquisa, denominada "Busca de Genomas Extraterrestres" (SETG), é levada a cabo dentro do Departamento de Ciências Terrestres, Planetárias e Atmosféricas do MIT.


As premissas das quais o estudo parte são que o clima na Terra e em Marte eram muito similares na origem do sistema solar, que várias rochas marcianas viajaram à Terra fruto do choque de asteroides e que evidências indicam que alguns micróbios podem sobreviver os milhões de anos de distância entre os dois planetas. Além disso, segundo o MIT, a dinâmica orbital indica que é 100 vezes mais fácil viajar de Marte à Terra do que o contrário. O resto da teoria, se for comprovada, levantaria a possibilidade de os seres humanos serem descendentes de organismos marcianos.


O aparelho desenvolvido pela equipe do MIT, capitaneado pelos pesquisadores Christopher Carr e Clarisa Lui, será desenvolvido para recolher amostras do solo marciano e isolar micróbios existentes ou restos de micróbios, para depois separar o material genético e analisar as sequências genéticas. Posteriormente, estas seqüências seriam comparadas para buscar sinais de padrões quase universais entre todas as formas de vida conhecidas.


Embora reconheça que é uma pesquisa "a longo prazo", Carr indicou que, já que "poderíamos estar relacionados com a vida em Marte, pelo menos deveríamos ir e ver se existe vida relacionada com a nossa". A equipe do MIT afirmou que pode levar cerca de dois anos para desenvolver o protótipo do SETG, mas que, uma vez desenvolvido, seria factível integrá-lo como uma broca em um veículo espacial de uma futura missão que viaje à superfície de Marte para recolher estas mostras.


Desde que os dois módulos Viking da Nasa aterrissaram em Marte em 1976, nunca mais foram enviados instrumentos à superfície marciana para buscar evidências de vida. Já o astrobiólogo Christopher McKay, do Centro de Pesquisa da Nasa-Ames, na Califórnia, afirmou que "é plausível que a vida em Marte esteja relacionada com a vida na Terra e, portanto, compartilhemos genética".