César Nunes declarou que policiais infratores têm que ser punidos de forma exemplar e prometeu atuar com celeridade no caso. De acordo com Maria Carmen, a proposta da Defensoria é criar projetos que envolvam capacitação, palestras e informações acerca do Estatuo da Criança e do Adolescente (ECA) para auxiliar o trabalho policial em Conquista. "Nosso objetivo é criar meios que facilitem e orientem a polícia no tratamento do jovem", afirmou Marques.
A proteção dos direitos humanos de jovens desta faixa etária é alvo de preocupação também da defensora Mariana, que prometeu mobilizar a polícia do município. "Vamos estabelecer as regras esclarecedoras do ECA e ouvir as dificuldades enfrentadas pelos policiais acerca deste tema, com o intuito de ajudá-los a resolver esta questão".
O encontro, segundo as defensoras, foi produtivo e rendeu a criação de um projeto que será entregue em dez dias ao secretário César Nunes. "Ele, mais uma vez, provou que a parceria entre a defensoria e a SSP se fortalece a cada dia", afirmou Novaes. A partir do projeto, o secretário dará início à regularização do trabalho policial envolvendo o tratamento de crianças e adolescentes em Vitória da Conquista.
SOBRE GUARDIÃO
A polícia baiana já conta com o moderno software Guardião, que auxiliará os trabalhos investigativos voltados às atividades de inteligência, monitoração, gravação e interceptação de ligações telefônicas, sendo eficiente ferramenta no combate à sonegação fiscal. Utilizado pela Polícia Federal e em vários estados, o novo equipamento foi adquirido através de um convênio entre as secretarias da Segurança Pública e da Fazenda, no valor de 792 mil, que será pago em 12 meses.
O secretário de Segurança Pública, César Nunes, explicou que o Guardião é totalmente auditável, pois grava o horário e demais dados sobre a escuta, que só pode ser feita mediante utilização de senha. "Somos técnicos buscando especialização e excelência no combate ao crime organizado. A polícia da Bahia não faz ‘grampo' clandestino", garantiu.
"O Governo do Estado está buscando modernizar a polícia para combater as quadrilhas envolvidas com sonegação fiscal e lavagem de dinheiro", declarou Nunes. O sistema já é usado nos estados do Piauí, Sergipe, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo.
O software ficará sobre a guarda e uso da Superintendência de Inteligência da SSP, sendo empregado quando for necessária a coleta de provas e sempre tendo como condicionante a prévia autorização judicial. Todo o material gravado ficará também à disposição do Ministério Público e da própria Justiça. O contrato prevê também garantia, suporte técnico, manutenção e além de treinamento específico.