Tecnologia

EBRASE 2008: PRODASAL APRESENTA PROJETO SALVADOR DIGITAL, BOA IDÉIA

O evento vai até esta sexta-feira, 18
| 17/04/2008 às 20:25

   Através do Projeto Salvador Digital, desenvolvido pela Companhia de Processamento de Dados do Salvador (Prodasal), os serviços públicos podem se tornar mais ágeis, menos burocráticos e o baiano poderá ganhar comodidade.

   A idéia foi discutida pelo diretor-presidente do órgão Napoleão Lemos, na VIII Escola Regional de Computação dos Estados da Bahia, Alagoas e Sergipe, o Erbase. O evento, que tem como tema geral os "Problemas Ambientais do Lixo Tecnológico", termina nesta sexta-feira, 18, no Instituto de Matemática da Ufba - Campus de Ondina, com a apresentação e demonstração dos robôs que foram construídos durante a oficina de robótica.


  Elaborado desde junho de 2005, o projeto inclui diversas ações que acontecem simultaneamente entre as secretarias da gestão municipal. Somente entre o ano de 2005 e início de 2007, foram disponibilizados 688 computadores em 61 Telecentros (espaço com computadores de utilização pública instalados nos diversos bairros) espalhados pela capital. Este ano, a ilha de Bom Jesus, pertencente a Salvador, também ganhou um Telecentro.

  "Este é o primeiro passo do projeto. A idéia é tornar a informática acessível à a toda população e criar condições para que o cidadão esteja familiarizado com a tecnológia", esclareceu Lemos. Durante o mesmo período, a prefeitura de Salvador promoveu a inclusão digital de 16 mil pessoas.


   SERVIÇOS DIGITAIS

  Com isso, considera Lemos, os cidadãos estariam mais aptos a lidar com serviços digitais oferecidos pelos governos por meio de sistemas acessíveis através da internet. "Seria o segundo passo do projeto, o Governo Eletrônico. Nesta fase, a intenção é disponibilizar os diversos serviços oferecidos pela prefeitura na internet. Quer dizer, fornecer comodidade ao cidadão - que não precisaria sair de casa - e diminuir a burocracia, agilizando o serviço", considerou. Situações como, por exemplo, a abertura de uma empresa seriam facilitadas. "Com um Governo Eletrônico, o cidadão poderia consultar de sua própria casa as especificações para a abertura de - por exemplo - um bar. Quer dizer, através do endereço, nome completo e outros dados o próprio sistema poderia autorizar ao não a abertura do empreendimento e emitir o resultado rapidamente", completou.


  A segunda etapa do projeto considera ainda a necessidade de aumentar a velocidade da internet. A intenção é criar uma rede de alta velocidade, com utilização de fibra ótica que possam agilizar serviços oferecidos em diversas áreas, como saúde, educação e desenvolvimento social.


  A terceira ação, o desenvolvimento de um Pólo Tecnológico, garantiria o bom uso de todo o projeto. "Essa última ação baseia-se na necessidade de mão-de-obra, na capacitação e na criação de um suporte que pudesse atender às secretarias do governo e a população. Com isso, poderíamos garantir o funcionamento do serviço através de profissionais capacitados para a instalação, suporte permanente à distância ou no local, e manutenção desses equipamentos", afirmou.


  Para que o projeto se torne realidade, uma verdadeira reformulação dos serviços teria de ser feita o que, para Lemos, é perfeitamente possível. "Na verdade, o que se precisa fazer é um reestudo do método de fornecimento desses serviços, já que foram pensados há bastante tempo e estão defasados, depois uma modernização do atendimento, capaz de tornar as secretarias mais integradas e, com isso, possibilitar que determinado assunto possa ser resolvido através de um único órgão e, somente a partir daí, dar início a informatização desse serviço. Esses passos são muito importantes para que o governo não perca tempo informatizando um serviço ineficiente. É também preciso informatizar de modo organizado", considerou