29.2% COM COMPUTADOR |
NA REGIÃO SUDESTE |
Para a gerente da Pnad, Marcia Quintslr, a comunicação e a informação vêm sendo priorizadas pelos domicílios brasileiros, que têm grande penetração de aparelhos de TV.
"O microcomputador coloca uma sofisticação diferente. Quando ele passou a integrar as famílias brasileiras, chegou ao mercado com preço elevado e agora tem se tornado mais acessível. Com rendimentos crescentes e preços caindo é clara a decisão de estar conectado e se comunicando", afirmou.
O Norte urbano registrou a maior variação, de 6,7% para 12,4%, na mesma base de comparação. Os percentuais praticamente dobraram também no Nordeste (de 5,2% para 9,7%), Sul (de 13,9% para 27,9%) e no Centro-Oeste (de 10,6% para 20,4%).
Por outro lado, a existência de computador, assim como o acesso à internet (registrado em 16,9% dos domicílios), indicaram fortes desigualdades regionais.
Os percentuais alcançados no Sudeste (29,2% e 23,1%, respectivamente) ficaram em torno do triplo dos percentuais observados no Norte (9,8% e 6%) e Nordeste (9,7% e 6,9%). Na média, Sudeste e Sul têm o triplo de pontos de acessos à rede do que Nordeste e Norte.
Uma das alavancas do acesso à internet, o telefone, ajudou no crescimento. Segundo o IBGE, em 2001, o percentual de domicílios com telefone era de 35,9% no Nordeste, praticamente metade daquele do Sudeste (70,6%). Em 2006, o Sudeste, o Sul e o Centro-Oeste apresentaram percentuais superiores a 80%; o Norte urbano, de 70,2%; e o Nordeste, de 53,6%.
A presença de rádios e TVs, outros dois bens de acesso à informação ao lado do computador, têm presença mais expressivas. Em 2006, 87,9% dos domicílios tinham rádio e 93%, televisão.
Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), no primeiro semestre de 2007 já foram vendidos 4,337 milhões de PCs, um crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2006. Para este ano, a previsão é vender 10,1 milhões de PCs. Os notebooks devem representar 20,8% das vendas, contra 8,2% ao final de 2006.
O boom digital foi fomentado pela acessibilidade financeira. Principal atrativo para a compra de um computador, a queda dos preços começou em junho de 2005, quando o governo abriu mão da cobrança de alguns impostos em equipamentos de até R$ 2.500. Também ajudou o aumento da massa salarial, a facilidade de crédito e as condições de financiamentos.