Jornal de papel vai perder leitores e programas de TV em TV, idem
A transmissão de dados via internet está revolucionando sistemas de comunicação que até então pareciam ser intocáveis: como a transmissão de programas de televisão através de aparelhos de televisão e os sistemas de telefonia fixo e móvil. Agora, anuncia-se que está a caminho depois do Skype - uso da telefonia pela internet bem mais barato do que pelos sistemas tradicionais - o Joost - a transmissão de programas de TV pela internet.
O sistema Joost já está funcionando na Europa e deverá chegar ao Brasil ainda este ano através da CEO, empresa sueca que tem na cabeça de sua administração Niklas Zennstrom, um sueco de 40 anos que está fazendo uma revolução nessas áreas. As mudanças estão sendo tão rápidas que as empresas tradicionais de telefonia que se assustaram e perderam milhões de dólares com a introdução do Skipe estão auxiliando as megaempresas de televisão que passaram por essa "tsunami", como diz o próprio Zennstrom.
Em entrevista a Veja, páginas amarelas desta semana, o sueco Zennstrom destaca que a televisão sabe produzir conteúdo de televisão e a internet a melhor ferramenta para distribuí-lo. Daí que, no futuro, nem a Rede Globo nem outra qualquer rede no Brasil precisará de tantos equipamentos para a transmissão de suas imagens, reservando-se a produção dos programas (o conteúdo).
A rigor, as emissoras de TV deverão perder na captação dos comerciais (que passarão também por processos de transformação em suas concepções) e vão cobrar um dx para transmissões dos seus programas que compensem essas perdas.
FIM DA IMPRENSA DE PAPEL
Sobre o fim da imprensa de papel profecia relacionada por Arthur Ochs Sulzberger, editor chefe do The New York Times, Zennstrom destaca que "recebo informações vindo de uma variedade de fontes, incluindo jornais, comunidades de blogueiros, sites de revistas...Isso é vital se quero ter uma perspectiva ampla do que está se passando no mercado e no mundo. Preciso ter uma visão abrangente do que os consumidores estão pensando, falando, fazendo....Quanto mais escolhas eu tiver, melhor...É assim que vejo.
OPINIÃO BAHIA JÁ
Essa é uma velha história dos meios de comunicação. Dizia-se que, quando o rádio surgiu o jornal acabaria; quando a TV apareceu fuzilaria o rádio; e, agora, com a internet seria o fim dos três. A rigor, uma ferramenta complementa a outra, assim como o computador não acabou o papel (ao contrário o consumo até aumentou) os jornais virtuais, blogs, etc, não vão por fim aos jornais impressos. Cada qual tem seu nicho de mercado e é como diz Zennstrom "quanto mais escolhas melhor". O importante - essa é a lição - é fazer um produto bem feito e com responsabilidade.