Aliados de primeira hora de ambos os políticos revelaram ao Bahia Notícias, em condição de anonimato, que o segundo encontro foi em um evento com amigos em comum. De acordo com o BN, com pautas totalmente opostas e sem temas da política cotidiana em comum, ambos teriam pactuado um maior foco na tentativa de "polarização na Bahia". O senador e o deputado federal teriam ajustado uma forma para forçarem as críticas entre "bolsonaristas e petistas". Roma e Wagner seriam rivais nas eleições ao governo da Bahia (relembre aqui), porém o PT definiu Jerônimo Rodrigues como o nome do grupo.
A tática teria como objetivo a anulação de ACM Neto (União), que desponta nas pesquisas como favorito e mantê-lo assim "deslocado do debate".
Vê-se a que ponto de baixeza chegou a política baiana tendo como protagonistas um pré-candidato a governador e um ex-governador e senador do PT. Não se pode duvidar, no futuro, de uma aliança PT mais Roma e PT mais Bolsonaro, uma vez que esse mesmo filme vimos com o PT x o Fora FHC, hoje, aliados PT + Alckmin.
Diante de tal acordo citado pelo BN como, agora, João Roma vai fazer sua pré-campanha na Bahia? Se criticar o PT e o governador Rui Costa como vinha fazendo ninguém vai acreditar na sua fala, pois, se senta duas vezes para negociações politicas com o maior cacique do PT baiano e um dos maiores nacionais, agora, recente, Wagner doou R$90 mil reais ao partido, o que disser soará falso.
Falar mal de ACM Neto também não cola porque foi um dos assessores da Prefeitura na época da gestão Neto onde nasceu e se criou politicamente elegendo-se deputado federal. Seria o mesmo que Rui Cosata, se algum dia falar mal de Wagner, também criado na coxia palaciana do wagnerismo.
Da mesma forma, hoje, o petismo não pode insinuar de maneira atabaolhada de que Neto é bolsonarista uma vez que Wagner se senta para conversar no seu gabinete com um ex-ministro bolsonarista.
Há muitos anos não se via, na politica baiana, tamanha baixeza. A politica deve ser feita com coerência e com respeito as partes. Em 1985, Waldir Pires e ACM eram ministros no governo Sarney e adversários políticos na Bahia. Nunca se juntaram. Quando da eleição de 1986, Waldir candidato a governador e ACM com Josaphat Marinho seguiram adversários políticos e morreram assim. Coerentes com o que pensavam e agiam.
Então, esse acordo citado pelo BN, um bolsonarista e um petista envergonha a politica baiana. (TF)