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1. O governador Jaques Wagner saiu do salão eleitoraL neste domingo, 26, com a vitória da presidente Dilma Rousseff à sua reeleição, completando o afeitamento como dizem os espanhóis: havia feito cabelo e barba na Bahia elegendo Rui Costa (PT), governador; e Otto Alencar (PSD) senador; agora completa o serviço fazendo o bigode.
2. Ou seja, nessas eleições, Wagner fez cabelo, barba e bigode e consolida sua liderança como o mais importante político baiano da atualidade. E, o que parece ser mais sintomático: será um forte ministro do segundo governo de Dilma e poderá se credenciar a ser o próximo candidato do PT à presidência da República, em 2018, caso Lula não queira disputar.
3. Evidente que se Lula quiser será o candidato natural do partido. Caso opte por uma renovação do PT o nome poderá ser o de Wagner. Creio que, entre os petistas atuais, uma vez que Tarso Genro perdeu a eleição no RS; e Fernando Pimentel é governador de MG em primeiro mandato, o governador baiano é o mais representativo quadro do PT (salvo Lula) para este mister.
4. Não adianta ficar especulando como estamos. Porém, faz parte do mundo da política esse tipo de ilação. O que importa, no entanto, agora, é que a Bahia se dará muito bem nos próximos anos no governo Rui, porque além deste ser do PT, terá Wagner em Brasília para ajudá-lo. Um abridor de portas dessa natureza é expressivo demais.
5. Rui, de sua parte, terá todas as condições de cumprir uma boa parte das promessas que enumerou durante sua campanha - 7 novos hospitais, 40 km de metrô, Porto Sul, milhares de matriculas em escolas técnicas, etc - uma vez que, sendo aliado da presidente e a Bahia lhe conferindo uma expressiva votação no primeiro e no segundo turno, certamente não lhes faltarão recursos para projetos.
6. Ademais, Rui herda de Wagner uma carteira de projetos em estoque - ponte Salvador-Itaparica, mobilidade urbana em Salvador, etc - que vai facilitar muito sua vida e será ótima tanto para a capital; quanto para o interior.
7. De resto, o que poderá atrapalhar a arrancada de Rui é a situação financeira do estado que não é das melhores e tem um deficit no setor previdenciário enorme. Mas, isso pode ser o de menos, desde que Rui mantenha uma gestão profissional na Sefaz. como vem acontecendo com Manoel Vitório, e se apegue, como fez Wagner, nos recursos do governo federal e seus programas de sucesso como o Minha Casa, Minha Vida.
8. O caminho está pavimentado para Rui fazer um grande governo e manter a hegemonia política no estado.