Colunistas / Política
Tasso Franco

Candidatos a govermador ainda não acertaram o paço junto ao eleitor

Os principais nomes estão sem foco definido
26/07/2014 às 01:11
MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. Está próximo de completar 1 mês da campanha eleitoral para o governo da Bahia e nenhum dos três candidatos mais competitivos, Paulo Souto (DEM), Lidice da Mata (PSB) e Rui Costa (PT) conseguiu impor um tema mais perceptível junto ao eleitorado. Nas campanhas desses candidatos se fala de tudo e ao mesmo tempo, de nada.

   2. Ou seja, o eleitorado ainda não indentificou o foco de cada candidato, ainda que a senadora Lidice da Mata, com a tal da "revolução na educação" seja qem mais se aproxime disso. Talvez, se fosse mais modesta no adjetivo à educação tivesse mais sucesso, uma vez que essa palavra "revolução" é muito desgastada e ninguém acredita nela. Na prática, ninguém consegue se aproximar disso quando eleito (a).

   3. Paulo Souto tem se apresentado como o candidato da oposição a Wagner. Esse parece ser seu foco principal ainda que esteja falando de tudo um pouco, da segurança a soluções para o semiárido, da saúde à educação, de uma forma muito abrangente e o eleitorado não conseguue identificar qual é mesmo sua atenção primordial. 

   4. Souto aderiu à linha das promessas e está prometendo de tudo no interior. Isso faz parte da cultura política brasileira e, neste campo, está correto porque político que não promete, não serve. Creio que deve focar mais sua campanha em um ou dois pontos básicos para que essa mensagem chegue como um todo à população, mais perceptível.

   5. Rui Costa, de sua parte, adotou o foco de ser o candidato da continuidade ao governo Wagner com inovações, com um plus a mais. Isso é bastante complicado, pois, se Wagner não fez em 8 anos de governo, o eleitorado desconfia se Rui será capaz mesmo, como está prometendo, em dar um plus à educação, à saúde e a segurança.

   6. Rui não tem outro caminho e será beneficiado, aí sim, talvez seja no horário eleitoral seu foco principal, dar continuidade ao projeto "vitorioso" de Lila/Dilma, com mais obras na capital e no interior, mais universidades federais e assim por diante.

   7. A falta de temas partidários com esses proselitimos dos candidatos responde na ausência de valoração partidária, uma vez que, embora cada partido (DEM/PSB/PT) tenha suas linhas programáticas  e interesses diferentes, os candidatos seguem suas próprias linhas, intuição e o que sai das pesquisas qualitativas e quantitativa. 

   8. Todos sabem, por exemplo, que o calcanhar de Aquiles do atual governo é a segurança e cada candidato vai colocar esse tema na telinha, por conveniência de cada qual. Rui, por exemplo, já adtou o principio de não participar de debates em centros e salas para não enfrentar esse tema. É uma estratégia. Noutra ponta, defende os investimentos feitos por Wagner nesse setor.

   9. Espera-se que, a partir de meados de agosto, com os horários na TV e o rádio, as mensagens dos candidatos cheguem de forma mais objetiva e perceptível ao eleitor.