A cidade já tem estudos e debates demais
1. Durante a 5ª Conferência Municipal de Salvador o prefeito ACM Neto reafirmou o compromisso de dialogar com a socidade numa discussão aberta: “Não há super-heróis nem donos da verdade, muito menos soluções prontas e acabadas. Queremos contribuir para uma discussão ampla e aberta em que o futuro será decidido pelos cidadãos”, disse ACM Neto diante de um auditório lotado de representantes dos movimentos sociais e populares, além de vereadores e deputados estaduais.
2. Com respeito a opinião do prefeito, ressalte-se, no entanto, que Salvador já tem estudos de tudo e para tudo, seminários à mancheia, debates acadêmicos e outros, encontros, pesquisas, análises, relatórios, uma infinidade de documentos, cremos, não havendo mais necessidade de novas tertúlias. O que a cidade deseja, no momento, é de ação, obras, requalificação, mudanças, ajustes, monitoramentos e uma melhor prestação de serviços aos seus habitantes.
3. E, para tanto, não há mais necessidades de debates, ainda que nada impeça que o prefeito participe de encontros dessa natureza. Veja o seguinte: os principais problemas de Salvador são a violência e o trânsito. No caso da violência, trata-se de uma ação a ser mais combatida pelos governo federal e estadual, porém, a Prefeitura pode ajudar com mais iluminação em ruas, melhor urbanização de áreas, mais fluidez no trânsito e até no uso da Guarda Municipal para defender seu patrimônio.
4. É inconcebível, por exemplo, que uma secretária municipal (logo a da Pobreza) seja arrombada e furtados colchões, computadores e outros equipamentos. É inconcebíbel, também, que a GM não possa tomar conta dos equipamentos públicos instalados em praças e jardins. Que não possa proibir que se pichem os monumentos. Que cães andem em calçadões. Isso é o mínimo que se requer.
5. Quando ao trânsito existem estudos demais. Falta ação dos agentes da Secretaria de Transporte e da Transalvador e investimentos. Agora, o prefeito anunciou um pacote de medidas. Muito bom. Agora, não adiante nada se não houver uma base de operações na Av Luiz Vianna (Paralela) com guinchos, gente, helicóptero, etc, para monitorar o trânsito, para puxar, multar, guinhcar. Salvador não comporta mais ações educativas. O abuso é generalizado.
6. Quer ver outra coisa: agora mesmo houe um novo debate sobre o Carnaval. Sabe o resultado: inóquo. Esse deve ter sido o 100º debate sobre o assunto. Há estudos da UFBA, do Comcar, de entidades, e Eliana Dumet, na Emtursa (hoje Saltur) na época de Imbassahy, produziu mais de 10 relatórios. Mudou alguma coisa? Nada. Quem manda no Carnaval é um conjunto de entidades e os governos do município e do estado, além das empresas. E vai continuar assim, salvo mudanças pontuais, já de conhecimento público há anos, que não precisa de estudo algum, como é o caso da inversão do fluxo no circuito Osmar.
7. Então, o prefeito ACM Neto, o qual, diga-se de passagem não está governando na redoma de vidro, tem sido visto nos bairros dando ordens para obras como aconteceu hoje, deveria intensificar essas suas ações e evitar que "malucos" de sua gestão pintem meios-fios em vias de fluxo intensivo de veículos às 11h da manhã, que tapem buracos ao meio dia e assim por diante.
8. Só lembrando, quando ACM era vivo, no governo de João Henrique ele curtia bastante com a cara de JH chamando-o do maior pintador de meios-fios da cidade.