Colunistas / Política
Tasso Franco

NETO acaba a SECOM e vai subordinar a midia ao gabinete do prefeito

É lamentável que o novo prefeito tenha tomado essa decisão de por fim a SECOM
04/12/2012 às 20:22

A primeira etapa da Reforma Administrativa anunciada hoje pelo prefeito eleito ACM Neto traz algumas novidades, as quais só veremos os resultados quando o barco começar a andar.



   Juntou-se desenvolvimento, turismo e cultura dissociando este último segmento da educação, onde o casamento é mais adequado; agregou-se o urbanismo ao transporte, uma boa ideia porque está nesse binômio os maiores gargalos da cidade; isolou-se reparação, sem sentido; e anunciou-se duas novas secretarias de gestão e cidade sustentável, aspectos da modernidade, que não podemos opinar porque ninguém sabe ao certo o que farão.

  Cria-se a Ordem Pública, promessa de campanha para ajudar no combate à violência; une-se habitação, infraestrutura e defesa civil; e promoção social e combate à pobreza. Ainda não dá para viasualizar o organograma completo, as autarquias e fundações, papéis da Sucom e Sucop, Fundação Gregório de Mattos e os pendurialhos que terão gestão, cidade sustentável e ordem pública.

  O novo prefeito, no entanto, cometeu um retrocesso no nosso ponto-de-vista acabando com a Secretaria de Comunicação e transformando-a numa Agência de Comunicação vinculada, ao que se supõe a Casa Civil, ou diretamente ao gabinete.

   No caso do governo do Estado, com Wagner, deu-se ao contrário, a Agecom virou Secom, embora o governador nunca tivesse prestigiado um jornalista colocando como titular um engenheiro elétrico, Robison Almeida, o qual é pessoa educada, mas, não do ramo.
Ora, ACM Neto ao por fim a Secom, secretaria que tem longa data, orçamento próprio, quadro funcional estabelecido, vai subordinar essa estrutura a um ente politico e não a um profissional de imprensa, fazendo com que, em tese, o chefe da Agecom seja uma "rainha Elizabeth", diria que nem isso, será um "duque de Kent" ou "marquesa de Bedford".

   Sou um louco vai aceitar um cargo desses. Sem apito, sem a verba publicitária sob controle, sem poder, vai funcionar apenas com um assessor de imprensa, fato que, aliás, aconteceu no governo JH com os quatro primeiros secretários, até André Curvelo. 

   Temo que volte a chamada midia do favor, midia politica, o clientelismo, aqueles situações que só se resolvem com pedidos, casos que ainda existem, hoje, em alguns governos. Tomara que não seja assim.

   Essa é apenas nossa opinião. Agora, se o novo prefeito tomou essa decisão, no nosso entender de desvalorizar os profissionais de imprensa, paciência. Que assim seja.