Precisou ter uma votação para acabar o impasse diante da má vontade de deputados do PT
1. O deputado ACM Neto é jovem na politica e na idade, mas não é menino. Sabe as dificuldades que terá pela frente na "boa vontade" do PT com seu governo. Será algo próximo a zero. Ontem, a reunião da bancada baiana em Brasília para definir os prováveis recursos do OGU 2013 mostrou isso. Houve uma disputa intensa para garantir verbas para Salvador e até votação, quando o bom senso sempre prevaleceu o entendimento.
2. O deputado que jura amor por Salvador colocou foi todo tipo de casca de bananas e se os aliados de ACM Neto (DEM/PSDB/PMDB) não tivessem se articulado e protestado, as verbas apontadas para infra-estrutura turística da capital seriam diluidas com a rubrica RMS, ou seja, Região Metropolitana de Salvador, englobando 12 municípios. Parecia até que a Copa das Confederações e a Copa do Mundo serão disputadas em Camaçari ou Vera Cruz.
3. Ora, Salvador é o espelho. Hoje, um espelho quebrado, fissurado por uma gestão municipal tragicômica e uma estadual que tem investido pouco ao longo dos anos, na capital. Veja que, agora, por exemplo, os investimentos em modernização dos aeroportos do país chegam a R8 bilhões considerando BSB, Guarulhos, Confins, Viracopos, Campinas II. E o que acontece com Salvador? Poucos milhões para uma mixórdia reforma.
4. A infra-estrutura turística de Salvador está aos cacos. Numa orla de 70 km, salvo talvez o trecho entre o Porto da Barra e o Barravento, ainda assim com barraqueiros vendendo caipirinha em tendas sujas e isopores imundos nas encostas das balaustradas, e uma área em Stela Mares, o mais é degradante.
5. Era de se esperar que a bancada da base governista desse sinais de boa vontade com Salvador em relação às emendas do OGU, mesmo tendo ACM Neto como prefeito, um político adversário. A questão é que a campanha politica se encerrou em outubro último daí o desarme dos espíritos, inclusive os de porco, e ajudar a capital baiana.
6. Mas, não se pode esperar boa vontade do PT. É só verificar a declaração do candidato derrotado nas eleições, o qual, ao invés de ter um gesto de grandeza reconhecendo a vitória do seu competidor e desejando-lhe boa sorte, sucesso, fez foi agredir o eleitortado.