Wagner depende de Lula; Souto de Serra
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Animado, Geddel corre por fora e confia num segundo turno da eleição |
A pesquisa DataFolha publicada neste sábado no jornal Folha de São Paulo apresentou pequenas oscilações em relação a anterior do mesmo instituto, Wagner saltando de 41% para 44% (+ 3%); Paulo Souto caindo de 24% para 23% (-1%); Geddel Vieira Lima subindo de 11% para 13% (+2%) e Luiz Bassuma se mantendo com 1%; enquanto o professor Carlos do PSTU 1%.
O DataFolha aponta a possibilidade numérica de uma vitória de Wagner em primeiro turno. Tem algum sentido, mas, nem tanto. Até porque, a candidatura Wagner não cresceu como se esperava alavancada pela performance do presidente Lula, no Nordeste, com avaliação de bom/ótimo em 85%, e diante da enxurrada da propaganda do seu governo no rádio e na televisão no último semestre.
Veja que Wagner tem, hoje, o mesmo número de Dilma na Bahia, segundo o DataFolha, esta com 43%. Já o candidato Paulo Souto está atrás de José Serra na Bahia, o candidato a presidente com 32%; enquanto Souto tem 23%. Ou seja, Serra passa a ser vital para Souto no Estado e o candidato da coligação DEM/PSDB deve amarrar ainda mais sua campanha ao "tucano" para conseguir crescer.
Já o candidato da coligação encabeçada pelo PMDB, Geddel Vieira Lima, apresentou uma curva ascendente, ainda que de forma discreta saltando de 11% para 13%, o que representa um bom sinal, e até dentro das previsões deste candidato que aposta todas as suas fichas no horário eleitoral gratuito do rádio e da TV quando espera iniciar essa temporada com 15% ou pouco mais.
Outro detalhe da pesquisa DataFolha registrada no site do TSE é de que dos 1.086 eleitores ouvidos pelo instituto 40% do total foram de votantes de Salvador, o que representa um desequilíbrio quantitativo porque a capital, no plano espacial do universo eleitoral contempla 20% do total dos eleitores baianos. Isso, de certa forma, pode ter pendido para um dos candidatos a mais do que os demais.
O que se depreende, de todo esse caldo de cultura política, com a disputa eleitoral para presidente bastante acirrada, Serra com 37% e Dilma com 36%, Marina correndo por fora a atingindo a marca de dois dígitos (10%) é que a campanha baiana vai se atrelar com mais intensidade às campanhas nacionais, e Wagner vai precisar mais do que nunca de Lula.
Do total dos eleitores, consignando-se os indecisos e aqueles que votam nulo/branco existe uma massa flutuante de 18% do eleitorado. Ainda um número muito alto (Pernambuco são apenas 12%) e isso denota que os candidatos, nessa fase da campanha antes do 17 de agosto, quando começam os programas no rádio e na tv, precisam e muito gastar solas de sapatos. Aliás, o que já estão fazendo.
A Folha situa que Wagner pode vencer a eleição no primeiro turno. Como disse acima, tem sentido, existe uma possibilidade, mas, não uma certeza. Pelo menos até agora.