Dengue se alastra em municípios da região Sudoeste do Estado
1. Bares e restaurantes encerraram 2024 em um cenário de forte pressão inflacionária, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, divulgado nesta sexta-feira (10). O grupo "Alimentação e Bebidas" foi destaque, com alta de 1,18%. Essa elevação, a quarta consecutiva, foi impulsionada tanto pelos preços da alimentação no domicílio, que subiram 1,17%, quanto pelos da alimentação fora do domicílio, que registraram aumento de 1,19%.
2. No setor de alimentação fora do lar, os impactos foram ainda mais significativos: refeições tiveram alta de 1,42%, acima do preço dos insumos, enquanto os lanches registraram um aumento de 0,96%. O cenário reflete as dificuldades enfrentadas pelo segmento para lidar com a alta dos insumos, tornando o repasse de custos inevitável para muitos, mesmo diante do risco de redução no fluxo de clientes.
3. O setor de alimentação fora do lar teve um ano desafiador e chegou em dezembro com 59% das empresas operando sem lucro, segundo levantamento da Abrasel. A elevação dos custos, aliada à necessidade de manter preços competitivos, pressionou ainda mais as margens já reduzidas.
4. “O repasse de custos tem sido criterioso para muitas empresas do setor. No entanto, enfrentamos um cenário de margens cada vez mais apertadas. Dados da nossa pesquisa mostram que 32% dos empresários não conseguiram reajustar os preços nos últimos 12 meses, enquanto 59% fizeram ajustes iguais ou inferiores à inflação” afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
5. Quanto ao acumulado de 2024, a inflação do grupo “Alimentação e Bebidas", principais insumos do setor, foi de 7,69%, o que também teve um impacto direto nos negócios. A alimentação fora do domicílio subiu 6,29% no período, com as refeições avançando 5,70% e os lanches, 7,56%. Os números demonstram o peso da alta nos insumos e o esforço dos empresários para equilibrar o impacto aos consumidores.
6. Apesar das adversidades, há sinais de otimismo com a chegada de 2025. A expectativa é de que as vendas de fim de ano, impulsionadas pelas festas e pelo 13º salário, tenham ajudado muitos estabelecimentos a iniciar janeiro em um patamar mais favorável. Além disso, 73% das empresas esperam aumentar as vendas no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, de acordo com levantamento da Abrasel.
7. “Entramos em 2025 com a esperança de que o faturamento aumente, a inflação desacelere e o crescimento dos empregos e da renda continue a impulsionar boas vendas no setor. No entanto, os desafios permanecem, e será essencial continuar inovando e ajustando estratégias para encontrar um ponto de equilíbrio sustentável entre preços justos e rentabilidade”, reforça Solmucci.
8. O resultado é que os preços dos produtos nos bares e restaurantes subiram e, em Salvador, a "lambreta" (marisco vide foto) que é um tira gosto admirável está dificil de acar e quem acha encontra-a miudinhas e caras.
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9. O governador Jerônimo Rodrigues escolheu, ontem, dois novos desembargadores para compor o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA). As vagas preenchidas correspondem àquelas reservadas a integrantes do Ministério Público. Os atos que oficializam a escolha do chefe do Executivo baiano serão publicados na edição deste sábado (11) do Diário Oficial do Estado.
10. O procurador Ricardo Regis Dourado foi o escolhido da lista tríplice enviada ao governador no dia 14 de novembro de 2024. Já o procurador Nivaldo dos Santos Aquino foi o escolhido da lista tríplice formada após votação ocorrida no dia 11 de dezembro de 2024. Ambos foram recebidos pessoalmente pelo governador na tarde desta sexta-feira.
11. "Transmito a minha saudação a todos os procuradores que integraram as listas do Ministério Público e desejo aos escolhidos uma excelente atuação no poder Judiciário do estado", registrou Jerônimo. Caberá ao Tribunal de Justiça agendar a posse dos novos desembargadores.
12 cidades baianas vivem uma epidemia de Dengue neste verão. De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o Sudoeste é uma das regiões do estado que mais registram casos da arbovirose, incluindo municípios como Guanambi, Brumado e Vitória da Conquista. Segundo especialistas, as condições climáticas desta época do ano contribuem para o aumento dos casos.
13. Tal cenário tem mobilizado as secretarias de Saúde e população para cuidados preventivos de combate a propagação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Mas como identificar os primeiros sintomas da Dengue? Quando é necessário buscar atendimento médico? Quais medicamentos devem ser evitados em caso de suspeita da doença?
14. De acordo com o médico especialista em Medicina Interna e Gastroenterologia e mestre em Saúde Tropical, Irineu dos Santos Viana, a Dengue pode ser assintomática ou apresentar-se como uma doença febril leve e autolimitada, sendo a segunda a sua apresentação mais comum.
15. “Os sintomas da Dengue são inespecíficos, assemelhando-se a outras viroses e incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, dor retro orbitária (região atrás dos olhos), fadiga, erupções cutâneas, náuseas e vômitos”, explica o médico, que também é professor e coordenador do curso de Medicina da UniFG, campus Brumado, parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país.
16. Viana destaca, contudo, que uma minoria dos casos pode evoluir para uma forma grave, com possibilidade de levar ao óbito por choque hipovolêmico, insuficiência respiratória, hemorragias (Dengue Hemorrágica) e comprometimento de órgãos como miocardite, hepatite, colecistite ou pancreatite.
17. “Os sinais de alerta que indicam uma maior gravidade da doença são dor ou desconforto abdominal, vômitos persistentes, sangramentos de mucosas, edemas, sonolência, letargia ou irritabilidade, hepatomegalia (aumento do fígado) e hemograma revelando aumento do hematócrito e diminuição da contagem de plaquetas”, chama a atenção o professor.
18. Mas quando é necessário buscar um atendimento médico? Segundo Irineu, a população precisa buscar atendimento, inicialmente ambulatorial, caso apresente sintomas. “É necessário para que o paciente seja avaliado e classificado quanto à forma da sua doença, com orientações para reconhecimento precoce dos sinais de alerta, momento em que deverá retornar à unidade de saúde. Deverão ser hospitalizados aqueles com doença grave, que evoluem com sinais de alerta, os que tem outras comorbidades e os pacientes incapazes de se manterem hidratados com ingestão oral”, esclarece.
19. O professor ressalta, ainda, que em casos de suspeita de Dengue alguns medicamentos precisam ser evitados. “O uso de anti-inflamatórios não esteroidais como o ácido acetilsalicílico (AAS/Aspirina) e outros, como o Ibuprofeno, deve ser evitado, pois agem na agregação plaquetária, interferindo na coagulação sanguínea, podendo precipitar hemorragias e a forma grave da doença”, alerta.
20. Paralelamente a epidemia de Dengue em muitas regiões brasileiras, um aumento de casos de Covid-19 também foi identificado em algumas regiões após as festividades de final de ano e período de férias.
21. Ambas as doenças, de etiologias virais, possuem sintomas semelhantes e inespecíficos, muitas vezes dificultando o diagnóstico clínico. De acordo com Irineu Viana, uma das diferenças marcantes que pode ajudar no diagnóstico diferencial é o comprometimento inicial do trato respiratório, incomum na Dengue e frequente na Covid-19, como tosse, falta de ar e dor de garganta. Além disso, a perda de olfato e/ou do paladar pode ocorrer na Covid-19 e as erupções cutâneas, quando ocorrem, são mais comuns na Dengue.
22. “Vale salientar que, embora raro, existe a possibilidade da coinfecção, ou seja, o diagnóstico simultâneo das duas doenças. Exames complementares, como hemograma, prova do laço, pesquisa de antígenos virais, sorologias, PCR e isolamento viral por cultura celular podem ajudar no diagnóstico definitivo”, explica o médico.
23. Os cuidados se baseiam no alívio dos sintomas, com repouso, hidratação adequada, medicamentos para controle da dor e da febre, a exemplo do Paracetamol, e monitoramento médico rigoroso para detectar sinais de maior gravidade. Segundo Viana, nos casos de suspeita de gravidade, o internamento hospitalar é essencial para hidratação intravenosa; transfusão de hemoderivados (concentrado de hemácias e plaquetas) quando necessária; e cuidados intensivos, com suporte ventilatório, em casos de insuficiência respiratória.
24. “É importante destacar que as condutas devem ser individualizadas, e a avaliação médica é fundamental para uma melhor orientação e evitar possíveis complicações da doença. Tão importante quanto o tratamento são as medidas de prevenção, visando reduzir a proliferação do Aedes aegypti e proteger as pessoas da picada deste mosquito”, finaliza o professor da UniFG/inspirali.