Colunistas / Miudinhas
Tasso Franco

COMEÇOU A ALTA ESTAÇÃO DO TURISMO EM SALVADOR. SERÁ QUE ELES VIRÃO?

Expectativa é boa para a hotelaria e o trade turístico e desejamos a todos vocês leitores um Feliz Natal
21/12/2024 às 18:11

   1. Começou a temporada do verão em Salvador. Há, segundo os órgãos de turismo de Salvador e da Bahia uma boa perspectiva de visitantes de outros estados e estrangeiros em Salvador e nos destinos do interior, especialmenbe Porto Seguro e Trancoso, mas os números apresentados à imprensa em torno de 3 a 3.5 milhões na temporada não parecem confiáveis.

   2. Todos estão aparentemente preparados com seus calendários de eventos e as forças de segurança já anunciadas pelo governo do estado na "Operação Verão". Esse tem sido o calcanhar de Aquiles do turismo da Bahia: a falta de segurança tem sido crescente por maior esforço que o governo faça e faz. Isso, sem dúvida, tem retirado turistas de Salvador, em especial, o principal portão de entrada no estado.

   3. As festas populares não atraem mais turistas. Já fomos em 3 neste encerrar de 2024 - Santa Bárbara, NS da Conceição e Santa Luzia - e não vimos turistas por lá, salvo Santa Bárbara, com poucos no Pelourinho. Os turistas não sabem acompanhar as procissões e ficam perdidos. Espera-se um pouco mais de turistas na Lavagem do Bonfim e no Carnaval, a chamada "galinha dos ovos de ouro". Mas, mesmo no Carnaval, com SP, Rio e Minas Gerais já realizando grandes carnavais de rua copiados do nosso, diminuiu muito a quantidade dos que vinham. 

   4. O turista estrangeiro vem para o Carnaval, quando isso, para olhar. Não brinca porque tem medo, salvo em camarotes e os argentinos pobres. O Carnaval, portanto, se transformou numa festa para os locais e os turistas municipais e estaduais. Os municípios da Bahia são os prinicpais emissoras de pessoas que, em sua maioria, ficam em casas de parentes e amigos.

   5. Vimos em recente pesquisa do Booking que Florianópolis é a cidade mais desejada por turistas estrangeiros no final de ano. Tenho impressão por ser uma cidade com características europeias isso ajuda.  e também o sentimento de civilidade. 

   6. Agora, para o Natal, Salvador não é citada nem entre os 10 mais destinos e no Revéillon ficou em oitavo lugar. A Prefeitura incentiva o final de ano com o Festival da Virada que é um "furdunço" popular doméstico. A classe média de Salvador nem aparece por lá, salvo as autoridades que vão para camarotes.

   7. Não se trata de elitilizar ou deixar como está. O furo é mais embaixo. O turista estrangeiro gosta de conforto, paz, segurança, boa comida e atrações culturais que sejam, de fato, atraentes. Virar o ano ouvindo o pagodão de Leo Santana não parece o ideal. Mas, é ótimo para o povo, os nativos.

   8. O Natal no Centro Histórico está lindo e a rede hoteleira se amplia por lá com o Fasano, o Fera, resort na Chihe e a recuperação do Palacete Tira Chapéu com vários restaurantes e cafés. Isso é um bom sinal. A segurança também está boa mas limitada aos espaços da festa. Quando se vai para o estacionamento do Pelourinho com área na Baixa dos Sapateiros passando da meia noite, assusta. Dá medo. Não tem vigilância, nada. Fica-se, vulnerável. E custa R$40,00 para estacionar.

   9. Bem, o certo é que a temporada começou e a capital baiana está mais agitada, mais movimentada e o Porto da Barra, a praia mais charmosa da cidade está transbordando de gente, com a sujeira de sempre, porém, suportável, bem no estilo baiano. Tudo é primitivo e típico da Bahia. Frita-se acarajé na praia, com tachos na areia, pronto. Para nós, normal. Para o estrangeiro, não.

  10. Uma senhora improvisou uma tenda de vender caipiroscas na base de um canhão do Forte de Santa Maria. Surreal, pouco higiênico, mas, legal. Vendeu bem. E, ao lado dos barcos da Colônia de Pesca, também no Porto, fritava-se peixes numa caçarola encardida. E, curiosidade à parte, a retirada das escamas dos peixes se davam na beira mar. É a Bahia, meu caro. Não se assuste.

  11. Passei em dona Sônia, a baiana que me fornece acarajés tipo bola e ela organizou um farnel para eu levar contendo 20 bolinhos de fogo. Paguei R$30,00 porque sou cliente antigo. E também comprei uma garrafinha de água em Carlos vendedor mais antigo que fica nas proximidades do Farol. O preço ainda é o mesmo: 2 reais.

  12. Agora, estou me preparando para ir a Lavagem do bonfim. Em Navegantes não irei porque nãom tenho barco e Valmir Palma não me convidou para ir com ele e Jolivaldo Freitas. O cardeal Dom Sérgio da Rocha parece que vai. Tá prometenbdo. Se tiver disposição irei a Boa Viagem na chegada do santo.

  13. No furdunço de Leo Santana não irei. Poderia até ter credenciado o BJÁ para dicar na área da imprensa, mas tenho dona O e a sogra. Não dá. Vou pra casa do meu cunhado Zé, na Barra, que é tudo boca livre e a professora, esposa do dito, diz que vai fazer uma taça da felicidade com muitos petiscos e minha neta comprou até uma roupa nova.

  14. Eu também comprei uma roupa nova toda branca e a madame idem. Minha bata, evidente, adquiri na Avenida Sete e da madame no Shopping Barra. Cada qual com seu padrão financeiro. Nesse 2024, quando estamos competando 31 anos de casados não deu para ir a Espanha, Valencia, onde mora o herdeiro e a noora. 

  15. Desejamos a todos um Feliz Natal. Até hoje, ninguém inventou uma frase melhor do que essa para desejar Feliz Natal. (TF)