1. O presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes (PSD), decidiu que será candidato à reeleição em terceiro mandato e que tem o apoio de seu partido, do senador Otto Alencar, do governador Jerônimo Rodrigues, e dos deputados da base e da oposição. Portanto, está reeleito. Isso, ao que acompahamos na Assembleia, não há duvidas.
2. A questão a ser analisada nesse contexto é que um terceiro mandato consecutivo a lei não permite e o STF tem rejeitados aqueles que se reelegem nesta condição.
3. A pergunta que se faz é como se apoia um candidato que não assumirá?
4. O próprio Adolfo disse na coletiva com a imprensa, ontem, que sabe que seu segundo mandato se encerra em 31 de janeiro de 2025, tem consciência de que poderá haver uma ajuizamento (no caso do terceiro mandato) e está pronto para enfrentá-lo.
5. Se o STF não permitir que siga como presidente em terceiro mandato haverá nova eleição. E, dito por ele, vou ajudar algum (ou alguma) dos candidatos (das candidatas), mas "não tenho o poder de eleger ninguém". Também uma observação correta.
6. O que se percebe dessa equação é que Adolfo é candidato para que não haja, desde já, uma dessarumação da base governista composta por 43 deputados.
7. Ou seja, ele sendo candidato a base fica tranquila, amena, e começa no decorrer desse processo (janeiro e fevereiro de 2025) as articulações para ver quem será o substituto de Adolfo, numa eleição suplementar.
8. Nomes existem vários já pré-lançados a vice de Adolfo na eleição pelo terceiro mandato, o que significa, uma aproximação com o presidente. E, em sendo assim, um possivel nome forte para concorrer mais adiante a presidente.
9. Hoje, a primeira vice é ocupada pelo deputado José Raimundo, do PT. Mas, é improvável, que continue nessa posição uma vez que o próximo vice, se supõe, será de outro partido. O PT já tem no poder o chefe do Executivo; e, em tese, não pode (ou deve) ter também a direção do Poder Legislativo.
10. Havia um acordo quando da derrubada de Marcelo Nilo (2016), épooca em que houve a união do PP (João Leão) e Angelo Coronel (PSD). Nilo não consegiu seu sexto mandato e o presidente passou a ser Coronel, com um acordo de que, findo os dois anos de Coronel na presidência, o próximo seria um deputado do PP, como foi, de fato, o deputado Nelson Leal. Depois de Nelson Leal entrou Adolfo, do PSD.
11. Nessa caminha o PP rompeu com Rui Costa e apoiou ACM Neto, Cacá Leão como candidato ao Senado. O acordo da Assembleia foi para o espaço. Eeleito Jerônimo, Adolfo foi reeleito (segundo mandato). Agora, ou até antes, também em tese seria um nome do PP. Com o rompimento de Leão, no entanto, o PP ficou sob suspeita embora muitos deputados integrem a base de Jerônimo.
12. Na última eleição, Adolfo se aproveitou dessa situação e emplacou seu segundo mandato atropelando a pretensão da deputada Ivana Bastos, também do PSD, que desejava ser a presidente. Ivana segue com essa pretensão, mas, embora seja a deputada mais votada do estado, não é boa articuladora entre os deputados. Enfrentar Adolgo, agora, nem pensar. Perde feio. Tem que aguardar fevereiro e começar a trabalhar seu nome na base dos deputados.
13. Trabalham também com esse pretensão de ser o novo presidente: Luis Leal (PP), Marquinhos Viana (PV), Niltinho (PP), Rosemberg Pinto (PT), Vitor Bonfim (PV) além da Ivana Bastos (PSD).
14. Fala-se, a miúdo, no nome de Alex da Piatã (PSD) que seria muito ligado a Otto. Otto e o PSD (lembrando que o senador Angelo Coronel é do PSD). Ao que tudo indica sendo o grupo de apoio ao governo que tem a maior bancada e maior quantidade de prefeitos teria a maior chance de emplacar a presidência.
15. Zebra, numa corrida dessas não existe. Alguém desses nomes ai pode crescer no decorrer do processo e só.
16. A oposição não tem a menor chante (18 deputados) de fazer o presidente, nem vai lançar nome de "honra" ou coisa dessa natureza. Acompanhará o processo. O PT também não creio que elegerá o presidente. O governador que seria o maior avalista do PT não vai meter sua mão em cumbuca. Wagner que era muito mais experiente do que ele não meteu a sua com Marcelo Nilo; nem Rui com Marcelo e Angelo Coronel. Os deputados da base (a maioriaa) não topa nomes do PT, PCdoB e PSB.
17. Então, no nosso entendimento, o jogo está feito: Adolfo será reeleito para o terceiro mandato e aquele que fizer a melhor campanha para vice, desde que tenha o apoio de Otto e Coronel, deverá ser o novo presidente.
