2. “Tivemos um resultado que nos diziam ser impossível”, congratulou-se Mélenchon, lembrando que o RN “ficou longe de ter a maioria absoluta que se previa” e que isso é “um alívio para a esmagadora maioria das pessoas” que se sentiram “terrivelmente ameaçadas”. Mélenchon defendeu que “a vitória do povo deve ser estritamente respeitada”, rejeitando qualquer “subterfúgio” e exigindo que a NFP forme governo.
3. “A derrota do presidente e da sua coligação confirma-se. O presidente deve admitir essa derrota sem a tentar contornar de qualquer forma. O primeiro-ministro deve sair”, insistiu Mélenchon, falando num “voto de desconfiança popular” em Gabriel Attal e insistindo que o próximo chefe do governo deve vir da NFP. “As urnas decidiram entre dois projetos diametralmente opostos. A NFP está pronta para governar”, defendeu.
4. Dentro da aliança, a LFI será o partido mais votado, com as estimativas a darem-lhe 73 a 80 deputados, à frente dos socialistas que deviam ter 60 a 64, os ecologistas com 33 a 36 e os comunistas com 11 e 12. A aliança de esquerda foi formada há pouco mais de um mês, quando Macron surpreendeu com a decisão de antecipar as eleições após o desaire nas europeias.
5. O líder socialista, Olivier Faure, “respirou de alívio” com o resultado eleitoral. “Esta noite, a França disse não à chegada do RN ao poder!”, lançou à multidão de apoiantes, defendendo também ele um governo da NFP e rejeitando qualquer “coligação de contrários” com o bloco de Macron. “A NFP deve assumir o comando desta nova página da nossa história”, insistiu.
6. Mais de uma hora depois, Attal reagia diante do Matignon, confirmando que vai pedir esta segunda-feira a demissão, mas que ficará em funções “o tempo que for preciso” - o país prepara-se para receber milhares de pessoas para os Jogos Olímpicos de Paris.
7. O Eliseu disse este domingo que Macron quer esperar por saber a composição final da Assembleia Nacional, apelando à “prudência”, antes de nomear um novo chefe de governo - a escolha depende apenas do presidente, que por enquanto se quer focar na cimeira da NATO que começa na terça-feira em Washington.
8. Para parte da direita e do campo presidencial, um governo que inclua a esquerda radical é um cenário ainda pior do que um da extrema-direita. Éric Ciotti, cuja liderança d’Os Republicanos é contestada pela maioria do partido por ter feito um pacto com o RN, criticou o que apelidou de “aliança da vergonha” que juntou o centro e a esquerda, considerando que Macron “deu o poder à extrema-esquerda numa bandeja de prata”.
9. E já se ouviam no domingo vozes que pediam uma aliança que afaste os extremos, seja de direita ou de esquerda. “As forças políticas centrais têm uma responsabilidade que não podem descartar”, disse o ex-primeiro-ministro Édouard Philippe, apelando a um “acordo que estabilize a situação política”, mas que “não pode ser construído nem com o RN nem com a LFI”.
10. Também o secretário-geral do partido de Macron, Stéphane Séjourné, defendeu ser óbvio que a NFP “não pode governar a França”, já que “o bloco central republicano moderado continua de pé”.
11. Attal congratulou-se que “nenhuma maioria absoluta pode ser liderada pelos extremos”, felicitando-se pelo facto de o campo de Macron ter obtido “três vezes mais deputados” do que o previsto nas estimativas iniciais. O resultado dá um novo fôlego ao “macronismo”, que muitos já davam como morto. Mas admitiu que o cenário será complicado.
12. “Sei que, à luz dos resultados desta noite, muitos franceses sentem uma espécie de incerteza quanto ao futuro, uma vez que não surgiu nenhuma maioria absoluta. O nosso país vive uma situação política sem precedentes”, afirmou. “Esta noite começa uma nova era”, insistiu. Serão necessárias negociações complicadas para garantir uma maioria que não deixe a Assembleia Nacional bloqueada. Macron não pode marcar novas eleições antes de passar um ano.
13. Grupos de manifestantes entram em confrontos com a polícia na Praça da República e ruas circundantes esta noite, em Paris, na sequência dos resultados eleitorais. Segundo os media locais, tratam-se de "manifestantes antifascistas", que atiraram petardos às autoridades, idependentemente de a esquerda ter vencido as eleições.
14. Este é o resultado de várias horas de provocações de grupos de jovens aos agentes policiais. Nas ruas, segundo os vídeos partilhados nas redes sociais por jornalistas no local, são visíveis focos de incêndio, designadamente bicicletas empilhadas.
15. Os confrontos prosseguiram pelas ruas circundantes, com a polícia a tentar controlar os grupos de manifestantes que foram progressivamente aumentando o nível de violência, respondendo aos agentes arremessando com garrafas e outros objetos.
16. Progressivamente, as artérias da capital francesa foi-se transformando num cenário de batalha campal, como tem vindo a ser habitual sempre que grupos radicais saem à rua.
***
17. Os moradores de Entre Rios, no Território Litoral Norte e Agreste Baiano, ganharam nesta sexta-feira (5), uma nova e ampliada Unidade de Urgência e Emergência, denominada Dr. Hélvio Gomes Silva, anexa ao Hospital Edgard Santos. Além disso, também foi entregue à população uma ambulância, tipo van no valor de R$ 279 mil. No total,foram investidos mais de R$ 2 milhões, com recursos dos governos federal e estadual.
18. O ato de entrega teve as presenças do subsecretário estadual da Saúde, Paulo Barbosa, do prefeito do município, de vereadores e da população de Entre Rios.
19. “Gestão da saúde é uma das tarefas mais difíceis que existe, não tem dia, nem noite, nem domingo e muito menos feriado. Nosso SUS - Sistema Único de Saúde só conseguirá ser 100% acessível e resolutivo, com inaugurações como essa, que mostram trabalho.
20. Apenas nesse um ano e meio de governo do governador Jerônimo, por meio do trabalho incansável da secretária Roberta Santana, já foram entregues quase mil leitos. Só assim se consegue fazer com que a Constituição de 1988 seja cumprida e a saúde seja um direito de todos.", afirmou Barbosa.