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Tasso Franco

JR INAUGURA ENCOSTA NO ALTO DO PERU CERCADO PRÉ-CANDIDATOS EM SSA 2024

Onde o governador Jerônimo vai na capital o séquito de pré-candidatos (as) a prefeito (a) de Salvador o acompanha
29/10/2023 às 09:22
  
1.  Mais uma contenção de encosta foi entregue pelo governador Jerônimo Rodrigues neste domingo (29), entre as ruas Alto do Pará e Voluntários da Pátria, no bairro Alto do Peru. Jerônimo também autorizou o início de mais uma obra semelhante, na Rua Adonias Ferreira. Juntas, as duas intervenções representam um investimento de R$ 15 milhões e beneficiam mais de 600 famílias. 

2. “Entregamos um encosta grandiosa hoje, com um alto investimento, e já demos uma ordem de serviço para a construção de uma nova encosta. É um esforço do Estado para proteger as encostas em Salvador. Nos comprometemos também em discutir com a comunidade da Baixa do Fiscal uma atenção especial para o lazer e a cultura”, afirmou o governador.

3. A secretária de Desenvolvimento Urbano, Jusmari Oliveira, destacou que estão sendo realizadas  obras de contenção de encostas que está acontecendo em todo o estado. "Nós já vamos para mais de  R$ 300 milhões de investimento nessas obras que trazem tranquilidade para quem realmente precisa. São obras que resgatam, acima de tudo, a dignidade da moradia de quem vive nos lugares de risco".

4. O corretor de seguros Zilval Araújo mora na região há mais de 40 anos e conta como era viver antes das obras de encostas e como é viver agora. "A gente ficava preocupado, porque quando a chuva chega, a água vai levando tudo o que está na frente. Então, a gente já viveu deslizamento aqui, com vítimas, hoje é só alegria, tranquilidade, as pessoas podem dormir sossegadas".

5. Jerônimo também visitou a Feira Saúde Mais Perto, no Largo do tanque, e determinou que a iniciativa, que estava prevista apenas para este domingo (29), permaneça no local até o fim da tarde desta segunda-feira (30). “Tivemos que ampliar a feira para mais um dia, pois extrapolamos a demanda. A procura foi muito grande em todos os serviços. E é muito satisfatório para o Estado poder atender a população”, anunciou o governador.

6. A secretária da Saúde, Roberta Santana, ressaltou que está é a 20ª edição da feira. "Foram mais de 300 mil atendimentos feitos no interior do Estado, e hoje estamos aqui no Largo do Tanque. É importante acolher a comunidade também em Salvador. O que a gente deseja é reduzir cada vez mais o número de esperas por exames e consultas. É o Governo do Estado cuidando de pessoas".

7. A dona de casa Ana Cláudia de Menezes chegou cedo com os filhos, Cristine e Cristian. "Eu trouxe meu menino para o oftalmologista e a menina para o dentista. O exame dele eu tava fazendo particular, porque ele tem miopia e deslocamento de retina. E os exames são feitos aqui na hora, não preciso marcar, não preciso esperar e nem pagar”.Manifesto contra o Orientalismo
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8. Sepultado em Salvador o corpo do jovem Rodrigo Amendoim influenciador de Lauro de Freitas encontrado morto em sua casa em Vida Nova.

9. A Associação Brasileira dos Coreanos, sediada em São Paulo e que representa a comunidade coreana no país, recebe com descontentamento a decisão da Associação Brasileira de Letras em incluir a palavra “dorama” no dicionário da língua portuguesa como obra audiovisual de ficção em formato de série, produzida no leste e sudeste da Ásia.

10. A Associação considera preconceituosa a decisão de generalizar as produções do leste-asiático. Não é certo generalizar expressões culturais. Cada produção tem suas características, peculiaridades e um público específico. Generalizar é confundir as peculiaridades. É como falar que toda comida nordestina é comida baiana.

11. Há um esforço muito grande por parte da Coreia do Sul em mostrar uma representatividade. Após a guerra da Coreia está em curso o resgate da cultura milenar coreana que sofreu uma tentativa de apagamento na época da colonização japonesa no início do século 20. Esse resgate se evidencia em várias formas de expressões culturais, tal como K-Pop, séries, gastronomia etc.

12. Para contextualizar no cenário mundial, o dicionário Oxford havia incluído a palavra K-Drama e não “dorama”. E em nenhum outro país do mundo as séries asiáticas são generalizadas. Aliás, não existem para as séries da Europa, por exemplo, o termo “Eurodramas”.

13. Se o mundo inteiro reconhece que não podemos generalizar expressões culturais, por qual motivo o Brasil vai fazer o contrário?

14. Fica aqui registrada a nossa indagação e a esperança de uma revisão por parte da Associação Brasileira de Letras à luz da compreensão sociocultural do tema em foco. Augusto Kwon, presidente da Associação Brasileira dos Coreanos

15. “’Dorama’ é uma palavra niponisada de um termo em inglês, transcrita dessa maneira por força das características fonéticas do silabário japonês, o que não é o caso da escrita coreana, a qual permite transcrevê-la como ‘drama’, i.e., igual ao vocábulo em inglês. 

16. Ou seja, quando chamamos os seriados coreanos de K-drama, estamos usando o termo em inglês já transcrito para o coreano, e não o termo original do inglês, como pode parecer. Da mesma forma, existe o termo P-drama para designar as telenovelas filipinas. 

17. Por isso, generalizar as produções do sudeste asiático como ‘doramas’ seria como chamar todos os asiáticos de ‘japa’, contrariando a tendência atual de dar voz às minorias, se é que podemos chamar os dramas coreanos de minoria no quadro atual das produções de streaming no mundo.” Dra. Yun Jung Im, professora e coordenadora da graduação em Letras - Coreano da Universidade de São Paulo (USP)

18.“O uso no Brasil do termo ‘dorama’, em japonês, generaliza e apaga indústrias midiáticas asiáticas. Esse apagamento fortalece estereótipos e reforça, assim, o orientalismo. O drama de TV é um formato televisivo realizado em diferentes indústrias da mídia no Leste e Sudeste Asiáticos. 

19. Chamar um drama sul-coreano, ou K-drama, de ‘dorama’ é mais uma forma de estereotipar um consumo, além de ativar estruturas históricas de raízes imperialistas. 

20. ‘Dorama’ é um neologismo que ainda pode ser combatido, até porque todo este debate não é um preciosismo linguístico, mas sim uma questão séria de apagamento midiático de diversas perspectivas culturais e de profunda carga imperialista de um passado extremamente recente. Vamos respeitar as culturas, especialmente quando somos tão fãs de suas produções.” Dra. Daniela Mazur, pesquisadora do MidiÁsia, grupo de pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF)