1. Com o tema “Democracia, Soberania e União”, o Desfile de 7 de Setembro, em Brasília, foi marcado pela tímida reação do público nos momentos de execução dos hinos Nacional e da Independência. Metade das arquibancadas foi ocupada por servidores "convidados", tanto do governo quanto do Distrito Federal. Na outra metade, apareceram famílias, a maioria de estudantes e militares que desfilaram e boa parte de eleitores do PT.
2. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou no tradicional Rolls Royce e não discursou.
O gramado central da Esplanada dos Ministérios ficou mais cheio no final, com a exposicao de veículos e armamentos militares. Poucas pessoas vestiam a camisa amarela da seleção brasileira de futebol.
Nos últimos anos, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a celebração da Independência levava mais gente, sobretudo de apoiadores, com caminhões de som, que foram vetados neste ano.
3. A Campanha do “fique em casa” no 7/9 expõe decepção da direita com militares surtiu efeito não somente em Brasília, mas noutras capitais, segundo videos que circulam na internet.
5. Segundo a Gazeta do Povo, apesar das arquibancadas ocupadas neste ano, o público vibrou pouco. Os momentos de maior interação do público se deram, especificamente, quando eram vistos no telão ou avistavam algum parente em marcha de uniforme.
6. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), foi a ausência mais sentida entre as autoridades. Ministros do governo, poucos parlamentares e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), compareceram.
7. Desde maio, o governo tenta consolidar o apoio do Centrão na Câmara. Só nesta terça-feira (6), após três meses de negociação, a articulação política do Planalto conseguiu destravar uma reforma ministerial para contemplar o PP e o Republicanos no Executivo.
8. Mesmo assim, foram oferecidas pastas menos importantes. André Fufuca (PP) vai assumir o Ministério dos Esportes e Silvio Costa Filho (Republicanos) comandará a pasta de Portos e Aeroportos.
9. A primeira-dama, Janja, vestiu vermelho e decidiu chamar atenção no evento ao fazer o “L”, muitos foram dos presentes foram vistos com bonés vermelhos com o nome de Lula e a estrela do PT. Predominavam, no entanto, roupas coloridas na plateia. A organização do evento fez a distribuição gratuita de bonés nas cores verde, amarelo, azul e branco e pequenas bandeiras do Brasil.
10. Além dos adereços, cartilhas com elogios às Forças Armadas foram entregues ao público. O conteúdo trazia os eixos que destacam, segundo o Governo Federal, a atuação do Exército, Marinha e Aeronáutica: Paz e Soberania; Ciência e Tecnologia; Saúde e Vacinação e Defesa da Amazônia. No governo Bolsonaro, os lemas eram: Deus, Pátria, Família.
11. Em Salvador, a festa foi do povo. A classe média bolsonarista não apareceu. Mas, isso não é novidade uma vez que nunca foi de fato ao 7 de Setembro. O povo sim, desde que cobrimos o evento vemos isso sobretudo a população de baixa renda que lota todas as dependências da Avenida Sete, especialmente o Campo Grande e arredores até a Piedade.
12. E a população - especialmente as crianças - se divertem e aplaudem e vibram com o desfile dos militares, os veiculos, as motos e as fanfarras. É uma festa popular. Infelizmente, a Prefeitura (não se sabe por que?) fechou o acesso ao interior do Campo Grande e uma boa parte da área próximo ao Corredor da Vitória estava ocupada pelos veiculos das autoridades que, como sabemos, saltam bem próximo ao palanque.
13. Os vendedores de petiscos e refrescos, colares, pamonhas, refrigerantes, cervejas em lata, etc, fazem bons negócios e há de tudo para comer e beber desde pastéis a empanadas a limonadas e sorvetes. E as crianças e as mamães adoram. Os papais também.
14. Segundo a SEC, em Salvador e mais 44 municípios do Estado foram preenchidas com diferentes cores dos uniformes dos estudantes das fanfarras escolares da rede estadual de ensino, que abrilhantaram o Desfile Cívico de 7 de Setembro. Os integrantes deram um show de talento ao executar coreografias e tocar instrumentos musicais de sopro e percussão. A data comemorativa relembra a declaração de independência do Brasil de Portugal, realizada nessa data em 1822.
15. Na capital baiana, o desfile cívico, que é iniciado no Corredor da Vitória e finalizado na Praça Castro Alves, teve o envolvimento de, aproximadamente, 600 estudantes de dez fanfarras. Já no interior, 74 escolas estaduais participaram das festividades cívicas, em municípios como Entre Rios, Retirolândia e Conceição de Coité.
16. A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) vem desenvolvendo, na rede estadual de ensino, ações do Projeto Fanfarras Escolares para estimular a participação dos estudantes em eventos cívicos, com o objetivo de celebrar os acontecimentos históricos e culturais.
17. Para a estudante Jaiane Santos, 16, 2º ano, que é baliza na fanfarra do Colégio Estadual Dinah Gonçalves, desfilar pelas ruas da cidade é um momento especial. “É uma celebração social e cultural muito importante e as fanfarras são um marco histórico. É um orgulho contribuir com a banda, o colégio e a comunidade. Gosto muito de desfilar, pois eu me sinto bem e feliz”, comentou.
18. Já o estudante Gabriel Farias, 15, 9º ano, da fanfarra do Colégio Estadual Desembargador Pedro Ribeiro, falou da emoção de participar pela primeira vez tocando o bombo. “Desfilar e tocar com o público, nos vendo nas ruas, é uma sensação gratificante e só quem participa sabe a felicidade que é. A fanfarra mudou a minha vida, pois aprendi a tocar o instrumento na escola e o meu rendimento escolar melhorou muito”.
19. Este ano, em Salvador, participaram as bandas e fanfarras das seguintes unidades escolares: Colégio Estadual Ana Bernardes; Colégio Estadual Azevedo Fernandes; Colégio Estadual Alfredo Agostinho de Deus; Colégio Estadual de Tempo Integral Professor Pedro Paulo Marques e Marques; Colégio Estadual Desembargador Pedro Ribeiro; Centro Educacional Carneiro Ribeiro - Classe II; Colégio Estadual Polivalente San Diego; Colégio Estadual Duque de Caxias; Colégio Estadual Dinah Gonçalves e Colégio Estadual Luís Viana.
20. As festividades pela celebração da Independência do Brasil tiveram início em 25 de junho, em Cachoeira, no dia 2 de julho, em Salvador, finalizando as comemorações com o desfile cívico-militar no dia 7 de setembro, tanto na capital, como em toda a Bahia.