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Tasso Franco

COVID BRASIL: 2.141 MORTES 33.682 INFECTADOS; BAHIA 1.064 E 36 MORTES

Novo ministro da Saúde toma posse e define atuação trabalhando de forma integrada com outros ministério
17/04/2020 às 18:50
 MIUDINHAS GLOBAIS:

  1. O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (17) o mais recente balanço dos casos de coronavírus no Brasil. Os principais dados são: 2.141 mortes, na quinta eram 1.924, aumento de 11,2%;
33.682 casos confirmados, eram 30.425, aumento de 10,7%; Em 7 dias, foram mais 1024 mortes confirmadas, aumento de 90,4%. Total de 2 mil mortes é verificado um mês depois de a 1ª morte ser confirmada no Brasil.

   2. Estados com mais mortes confirmadas são: São Paulo (928), Rio de Janeiro (341), Pernambuco (186), Ceará (149) e Amazonas (145).

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   3. A Bahia tem 1064 casos confirmados de Covid-19. Deste total, 36 foram a óbito, registrados nos municípios de Salvador (18); Lauro de Freitas (4), Gongogi (1), Itapetinga (1), Utinga (1), Adustina (1), Araci (1), Itagibá (1), Uruçuca (2), Ilhéus (2), Belmonte (1), Vitória da Conquista (1) e Itapé (1), Juazeiro (1). Estes números contabilizam todos os registros de janeiro até as 12 horas desta sexta-feira (17).

   4. Dos casos confirmados, 154 são de profissionais de saúde. Ao todo, 268 pessoas estão recuperadas e, do total de casos confirmados, 116 encontram-se internados, sendo 48 em UTI. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais.

   5. RETALIAÇÃO: Após o presidente Jair Bolsonaro voltar sua artilharia para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), auxiliares do Palácio do Planalto receberam a informação de que o Congresso não vai mais votar a medida provisória que cria o contrato Verde e Amarelo. 

   6. A MP passou pela Câmara na terça-feira, mas ainda depende do aval do Senado para não perder a validade, o que acontece na segunda-feira da semana que vem.

   7. Entre outros pontos, o texto prevê incentivo para o primeiro emprego e para pessoas com mais de 55 anos, com a redução de encargos trabalhistas. Segundo um interlocutor do presidente, a decisão de deixar a MP caducar foi vista como uma espécie de "vingança" da cúpula do Congresso após a troca de farpas públicas entre Maia e Bolsonaro em entrevistas à CNN na noite de quinta, 16. 

   8. Uma reunião entre o presidente com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RJ), teria selado a estratégia.

   9. Na ocasião, Bolsonaro disse que a atuação de Maia é "péssima" e insinuou que o parlamentar trama contra o seu governo. Em resposta, Maia afirmou que não vai atacar o presidente, mas sim "jogar flores" e lembrou que o presidente costuma usar a tática de tentar mudar o assunto quando enfrenta noticiário negativo. 

   10. Desta vez, segundo o presidente da Câmara, a estratégia seria para tirar o foco da demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Maia, em plena crise da pandemia do coronavírus.

   11. No Planalto, a tentativa de derrubar a MP Verde e Amarelo não é apenas uma resposta de Maia e Alcolumbre à Bolsonaro pelos ataques ontem ao presidente da Câmara. É também uma resposta à insatisfação dos dois com a saída de Luiz Henrique Mandetta e consequentemente do DEM do MInistério da Saúde. A presença de Mandetta, na pasta, desde o início, foi uma pedra no sapato de Bolsonaro.

   12. NOVO MINISTRO DA SAUDE: Vim para trazer uma vida melhor para as pessoas do Brasil”, declarou o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, ao discursar em cerimônia de posse no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (17). Ao lado do Presidente da República, Jair Bolsonaro, Teich reconheceu o desafio e a responsabilidade que o cargo exige. 

   13. “Recebo essa missão e é uma honra estar aqui. Hoje começo minhas atividades e vou trabalhar muito na qualidade da informação e na interação de equipes”, destacou.

   14. Nelson Teich possui graduação em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e duas especializações: em Medicina Interna e em Oncologia Clínica. Possui ainda pós-graduação em Economia da Saúde e mestrado em Avaliação Econômica de Tecnologia de Saúde pela Universidade de York, do Reino Unido.

   15.  Atuou como médico no Hospital de Praia Brava, em Angra dos Reis (RJ), e no Hospital Geral de Jacarepaguá (RJ). Também é um dos fundadores do Grupo COI (Clínicas Oncológicas Integradas), que presidiu até 2018, onde também criou o Instituto de Gestão, Educação e Pesquisa, destinado a realização de pesquisas clínicas sobre câncer.

   16. O ministro da Saúde, Nelson Teich, destacou que pretende trabalhar de forma integrada com os demais ministérios para a composição dos determinantes sociais da saúde, como fatores sociais e econômicos, para a garantia do bem-estar das pessoas. 

   17. “O que é importante neste momento é a gente acionar pessoas não só da área da saúde, mas também nos ministérios que, de alguma forma, tenham relação direta com os problemas atuais da saúde e da COVID-19. Vamos entender como esses problemas interagem com a saúde. Então, vamos criar uma estratégia de abordagem de problema para que possamos melhorar a eficiência de como vamos trabalhar o momento atual e o futuro”, disse.

  18. CORONAVÍRUS E OUTRAS DOENÇAS: Durante seu primeiro discurso como ministro da Saúde, Nelson Teich, reforçou a importância da informação e de se conhecer de fato a doença. Para ele, é necessário conscientizar as pessoas para o que, de fato, o problema representa. 

  19. “Ainda há uma pobreza muito grande de informações, o que leva a um nível de ansiedade e medo. Além da COVID-19, temos que trabalhar para administrar o comportamento da sociedade. Vamos trabalhar trazendo confiança por meio da informação de qualidade, planejamento e conhecimento, porque aí sim será possível achar uma solução”, explicou Teich.

  20. O ministro reforçou também o olhar para outras doenças, que não podem ficar de lado, e que contará com o apoio de uma rede de pessoas para formação de um time em busca das melhores soluções. “Vamos trazer pessoas certas para os problemas certos e dar a essas pessoas condições de trabalhar. Vamos trabalhar todos juntos”, disse.

   21. Durante a solenidade, Teich agradeceu ao ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pelo trabalho feito até então. “Vamos juntar o que já temos de informação, ampliar e detalhar mais, olhar o que está faltando e desenhar um programa para entender o que está acontecendo. Quando isso acontecer, a solução virá quase que naturalmente”, concluiu.

   22. Ao dar boas-vindas ao novo ministro da Saúde, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, reforçou que, como chefe de estado, olha para a saúde e enxerga, também, outras situações, que também devem ter a atenção necessária. 

  23. “Desejo sorte ao novo ministro, Nelson Teich, que entra em cena e o cumprimento pela sua coragem. Não é apenas ser ministro, é buscar melhorar a saúde do Brasil, que não é de hoje que tem seus problemas”, destacou o presidente da República.

  24. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta agradeceu a oportunidade de trabalhado e fez um balanço de ações feitas durante um ano e quatro meses à frente da pasta. “Encontramos um país que não tinha diálogo com a Atenção Primária. 

   25. Criamos, pela primeira vez em 31 anos de SUS, a Secretaria Nacional de Atenção Primária e demos os passos para a reestruturação do SUS, com métrica de desempenho. Também pela primeira vez o Brasil vai medir o que faz em saúde. Se saúde é investimento, todo investimento precisa ser medido para saber o seu retorno à sociedade”, enfatizou o ex-ministro da Saúde.