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Tasso Franco

COVID BRASIL: 1.736 MORTES 28.320 INFECTADOS BAHIA 807 CASOS 28 MORTES

21 MIUDINHAS: NELSON TEICH seria o substituto de Luiz Mandetta no MS
15/04/2020 às 18:25
  MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. Subiu para 28.320 o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil. Foram 3.058 novas confirmações em 24 horas, o maior número até agora. O número de óbitos também aumentou, agora são 1.736. Os números estão consolidados com as informações que foram repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde ao Ministério da Saúde até às 14h desta quarta-feira (15).

   2. A maior parte das notificações da lista nacional está em São Paulo, com 11.043 casos confirmados e 778 mortes. Agora, todos os estados, além de casos confirmados, também apresentam óbitos pela doença, incluindo Tocantins, que até esta terça-feira (14) ainda não registrava mortes.

   3. Atualmente, os estados do Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima estão em estado de emergência, ou seja, precisam de redobrar os cuidados em relação à prevenção do coronavírus por estarem 50% acima da incidência nacional de casos de coronavírus.

   4. do total de casos, 6.634 estão em estado grave, necessitando de internação em hospitais de referência em todo o Brasil. Atualmente, dos 1.736 óbitos confirmados, 73% ocorreram em pessoas com mais de 60 anos e 73% do total das vítimas apresentavam pelo menos um fator de risco.

   5. Pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado. Além disso, pessoas de qualquer idade que tenham comobirdades, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma e puérperas, entre outras, também precisam redobrar os cuidados nas medidas de prevenção ao coronavírus.

   6. Para reforçar o atendimento durante a Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional pela COVID-19, o Governo do Brasil facilitou a adesão dos municípios ao programa Saúde na Hora, que amplia repasses mensais a postos de saúde que estenderem o horário de atendimento à população. 

   7. No início de março, o Ministério da Saúde anunciou a flexibilização de alguns critérios para que todos os cerca de 42 mil postos de saúde espalhados pelo Brasil pudessem participar do programa. No período de um mês, o Ministério da Saúde recebeu menos de 300 novas solicitações de adesão para que postos de saúde possam abrir as portas por mais tempo para prestar assistência à população.

   8. Atualmente, 1.987 (5%) postos de saúde participam do programa, em 387 (7%) municípios. Deste total, até o momento, 900 deles começaram a funcionar com horário ampliado, sendo os estados com os maiores números de adesão ao programa São Paulo, com 407 unidades de saúde, e Minas Gerais, com 288. 

   9. Caso todos os postos de saúde (1.987) que aderiram ao programa já estivessem funcionando por mais tempo, o investimento federal chegaria a R$ 53,7 milhões de um total R$ 1,7 bilhão disponibilizado para o programa. Desta forma, mais de 40 milhões de brasileiros seriam beneficiados.
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  10. A Bahia registra 807 casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19), sendo 77 profissionais de saúde. Até o momento, 5.268 casos foram descartados e houve 27 óbitos, sendo 14 no município de Salvador e 13 nos municípios de Lauro de Freitas (2), Gongogi (1), Itapetinga (1), Utinga (1), Adustina (1), Araci (1), Itagibá (1), Uruçuca (1), Ilhéus (2), Belmonte (1) e Vitória da Conquista (1).

  11. O 27º óbito foi registrado ontem (14), em um hospital particular da capital. O paciente era um homem de 52 anos, sem comorbidades. Ele foi internado no dia 7 de abril e apresentava febre, tosse, desconforto respiratório e dispneia.

   12. Este número contabiliza todos os registros de janeiro até as 12 horas desta quarta-feira (15). Ao todo, 208 pessoas estão recuperadas e, do total de casos confirmados, 90 encontram-se internados, sendo 33 em UTI. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais.

  MAIS 1 ÓBITO

   13. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informa que registrou, nesta quarta-feira (15), mais um óbito pelo novo coronavírus (Covid-19) no estado. A 28ª morte foi de uma paciente de 73 anos, residente em Salvador, sem histórico de comorbidades. Ela estava internada em um hospital filantrópico na capital baiana desde 6 de abril, vindo a falecer em 14 de abril.

   MANDETTA CAI NÃO CAI

   14. O ministro descobriu que seria demitido após ligações de colegas médicos que haviam sido sondados ao cargo. Na sequência, Mandetta iniciou uma operação de bastidores para anunciar a sua saída a subordinados do ministério e evitar desgaste político. Ele ainda aguarda decisão oficial de Bolsonaro.

  15. O desafio neste momento, segundo um integrante do Palácio do Planalto, é que a troca seja feita com segurança, para evitar desgaste para o presidente.

   16. Bolsonaro, por sua vez, quer um ministro que se alinhe ao seu discurso contra o isolamento social para evitar um colapso da economia, o que contraria as orientações de autoridades sanitárias em todo o mundo. Também é considerado fundamental que o novo ministro não se oponha ao uso ampliado da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19.

   17. Em reunião ministerial na terça-feira, 13, Bolsonaro ressaltou que o enfrentamento da pandemia não é um trabalho de um só ministério, mas de todas as pastas, uma vez que a crise atinge diversos setores. O recado mirava Mandetta. O presidente se incomodou com o protagonismo que o ministro ganhou a partir de março. Para ele, foi a partir disso que o auxiliar passou a agir de modo insubordinado.

   18. Presente à reunião ministerial, Mandetta chegou atrasado e se manteve em silêncio. Ele ainda participou da entrevista coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. Mais tarde, começou a avisar aos técnicos da equipe que estaria fora do governo em uma questão de tempo.

   19. Parte da classe médica apoia o nome do oncologista Nelson Teich. Consultor da campanha de Bolsonaro a presidente na área de Saúde, ele tem boa relação com empresário do setor de saúde. Teich chegou à campanha eleitoral por meio do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, e foi cotado durante a transição de governo para comandar a Saúde.

  20. O argumento pró-Teich de parte da classe médica será que ele trará dados para destravar debates hoje politizados sobre o enfrentamento à covid-19. Estes integrantes do setor de saúde afirmam que a ideia não é ceder completamente a argumentos sobre uso ampliado da cloroquina ou de isolamento vertical, por exemplo, mas dizem que há exageros na posição atual do ministério. O médico já teria conversado com interlocutores de Bolsonaro e sinalizado interesse em integrar o governo.

  21. Outra ala ligada a entidades médicas, porém, ainda tenta viabilizar a permanência de Mandetta. Membros da Frente Parlamentar de Medicina no Congresso e de entidades decidiram ontem tentar marcar reuniões com Mandetta e Bolsonaro para atuar como "bombeiros".