MIUDINHAS GLOBAIS:
1. Como gesto de amor, solidariedade e responsabilidade social, a Casa de Oxumarê, terreiro com quase 190 anos de existência, já executa rigorosamente as orientações das autoridades em saúde pública no combate à pandemia do Covid-19. Por esta razão, o atual babalorixá do terreiro, Silvanilton Encarnação da Mata, o Babá Pecê, decidiu suspender os rituais e celebrações no templo, até a segunda ordem.
2. “Para que possamos conter esse vírus, precisamos todos, unidos, reduzir as possibilidades de contágio”, afirma o líder religioso. Ainda, segundo o babalorixá, é tempo de reaprender a viver e a conviver. “Estamos todos interligados. O confinamento está nos proporcionando rever a dimensão do tempo e o valor das coisas simples”, conclui.
3. De acordo com o povo de santo, a morte, Ikú, e Àrùn, a doença, já caminham entre nós desde que a humanidade surgiu. Entretanto, Ọlọ́run, o Grande Regulador do Universo - O Criador -, em sua sabedoria infinita, sempre nos proveu e sempre nos proverá.
4. Babá Pecê acredita que esses percalços também são chances para que humanidade reavalie sua conduta, seus valores e princípios. “Diante dos desafios, é preciso nos conectar ao divino. É oportunidade de reconhecermos a fragilidade e a importância da vida, para que ela seja devidamente valorizada”, declara.
5. O Candomblé ensina a notar a presença divina na água, no ar, no fogo, na terra e no próprio corpo. Assim, a religião se estrutura em um conjunto de saberes e fazeres que, há milhares de anos, já se empenha em buscar equilíbrio cultuando as forças da natureza. Para os adeptos das religiões de matriz africana, as bases de nossa cultura nos dão a convicção na continuidade da vida e na permanente capacidade humana de reconstrução.
6. E, munidos destas certezas, precisam manter a confiança, evitando boatos e mensagens incoerentes, que apenas servem para a difusão de energias negativas. A pandemia causada pelo Covid-19 é um exercício emergencial. É hora de agir com humildade, solidariedade e, sobretudo com fé.
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7. O juiz Gustavo Teles Veras Nunes, da comarca de Santo Amaro, no Recôncavo baiano, determinou nesta terça-feira (31) a destinação de mais de R$ 448 mil, originários de acordo de colaboração premiada na Operação Adsumus, para Secretaria estadual da Saúde, através do Fundo estadual de Saúde, para ações de enfrentamento ao coronavírus.
8. O magistrado deferiu pedido feito pelo Ministério Público do Estado (MP-BA), que havia feito acordo de delação com investigados, e que resultou no estabelecimento de pagamento de multa cível no valor de R$ 2 milhões, a ser paga de forma parcelada 50 parcelas de R$40 mil. Foi requisitada a destinação dos valores até então depositados,.
9. “Ressalte-se, que a destinação dos valores ao Fundo Estadual de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia mostra-se mais pertinente neste momento, vez que cabe ao Estado da Bahia, de forma macro, coordenar as ações dos Municípios no enfrentamento desta crise, visando a unificação de procedimentos para maior efetividade do combate a esta pandemia” afirmou o juiz Gustavo Teles. Ele destacou que o Poder Judiciário está alinhado no sentido de enfrentar e combater a adversidade que se aproxima.
10. O magistrado enfatizou que tais recursos deverão ser utilizados para a aquisição de insumos médico-hospitalares de necessidade emergencial, prioritariamente aparelhos respiratórios e equipamentos relativos a eles; máscaras de proteção, escudos faciais e materiais de proteção dos profissionais de saúde. Ele estabeleceu o prazo de 90 dias para a prestação de contas.
11. O prefeito ACM Neto, conjuntamente com secretário municipal da Saúde, Leo Prates, assinam nesta quarta-feira (01), às 9h30, no Palácio Thomé de Souza, um acordo de cooperação técnica com a Fundação Oswaldo Cruz para o enfrentamento do coronavírus.
12. A parceria tem a meta de desenvolver ações inovadoras no enfrentamento da pandemia, além da atualização do plano de contingência contra o agravo. O know how da fundação também auxiliará o Executivo na análise mais apurada da projeção da curva epidemiológica, subsidiando os gestores públicos com informações para melhor tomada de decisão.
13. O vereador Téo Senna (PHS) disse hoje que “é crime hediondo, por parte da Embasa, suspender o fornecimento de água na capital baiana e em cidades do interior em plena pandemia do coronavírus”.
14. “A Embasa já passou dos limites e o governador Rui Costa precisa dar uma resposta à sociedade baiana. Não estão respeitando sequer a Justiça da Bahia, que proibiu a Embasa de suspender o fornecimento de água pelo período de três meses”, revolta-se Senna, informando que no subúrbio, por exemplo, não cai uma gota dágua há mais de 10 dias e que os moradores estão utilizando água da chuva para necessidades básicas.
15. “A Embasa tem debochado de decisões judiciais e é inaceitável que o governador Rui Costa não chame para si a responsabilidade de garantir água potável à população baiana durante a pandemia”, acrescenta Senna, sugerindo a troca do nome da empresa para Empresa Baiana do Sadismo.
16. O Ministério Público estadual recomendou à Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) que adote uma série de medidas emergenciais e provisórias para prevenir a disseminação do coronavírus no sistema prisional do Estado.
17. A recomendação foi feita pelos promotores de Justiça Luís Alberto Vasconcelos,coordenador do centro de Apoio Operacional da Segurança Pública e Defesa Social (Ceosp); Antônio Ferreira Villas Boas Neto, da comarca de Salvador; Luciano Valadares Garcia, de Lauro de Freitas; Jader Santos Alves, de Simões Filho; e Lívia Sampaio Ferreira, de Feira de Santana.
18. O MP recomendou que em todas as unidades prisionais seja feita uma busca ativa para localizar internos com sintomas de coronavírus, separando, isolando e testando esses detentos, notificando o MP, o Judiciário e as autoridades de saúde. Também que sejam suspensas as transferências estaduais e interestaduais de presos sem autorização prévia da Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça e da Seap.
19. Recomendou ainda que seja assegurado o fornecimento ininterrupto de água e sabonete líquido para todos os internos, de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os servidores penitenciários, e de álcool em gel na concentração de 70% para todos os que adentrarem as unidades, bem como a instalação de dispensórios do produto nas áreas comuns. A recomendação orienta a Seap a garantir que todos os detentos sejam vacinados contra a gripe H1N1.
20. Os promotores recomendaram também que os internos idosos e aqueles com comorbidades sejam separados dos demais presos e recebam máscaras e lenços de papel. Todos os presos que ingressarem no sistema nesse período deverão passar por uma quarentena, preferencialmente em celas isoladas, por 14 dias, antes de conviverem com os demais internos.
21. Os promotores recomendaram também a destinação de espaços específicos nas unidades para detentos com mais de 60 anos ou que tenham comorbidades – uma lista atualizada dos presos nessas condições deverá ser encaminhada em até 15 das para o Judiciário e para o MP. Caberá à Seap ainda apresentar informações ao Ceosp com a relação dos presos liberados e daqueles que ingressem no sistema.
22. Redobrar os cuidados com a higienização das frutas, verduras e embalagens de alimentos industrializados é fundamental nesse momento de pandemia da Covid-19, doença causada pelo coronavírus. Por si só, os alimentos não são fonte de transmissão, mas podem vir a ser se manuseados por alguém contaminado e, se não forem limpos da forma correta, com bastante água corrente e sabão, podem disseminar a doença. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de levar para casa, colocar à mesa e ingerir. O alerta é da nutricionista da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Ana Kelly Amaral.
23. A orientação da nutricionista é que as frutas e verduras sejam ensaboadas com bucha e sabão e enxaguadas com bastante água corrente. As embalagens do feijão, arroz, farinha e macarrão devem ser desprezadas e os alimentos acondicionados em vasilhas de mantimentos. Para as folhas das saladas, a recomendação da especialista é colocá-las de molho em água abundante com algumas gotas de água sanitária.
24. “É importante lembrar que, se o alimento trouxer um resquício de saliva de alguém contaminado, a pessoa pode, sim, pegar a doença caso toque ou ingira sem fazer a higienização correta”, explica. Um outro cuidado apontado pela nutricionista é com relação às sacolas plásticas e caixas de papelão que acondicionam as compras. “O ideal é que sejam desprezadas já na porta da rua, antes de entrar em casa”, afirma.