Governantes da cidade do Salvador e do Estado com dois carnavais
O governador Rui Costa (PT) convidado pelo prefeito ACM Neto (DEM) não compareceu a abertura do Carnaval alegando que estava com agenda cheia na governadoria no momento do evento, por volta das 18h de ontem. Depois de passada a abertura com a entrega das chaves ao Momo e representado que esteve pelo secretário de Turismo, Fausto de Abreu Franco, o governador foi a Barra acompanhado de assessores e desejou aos foliões um bom Carnaval.
Segundo nota da Secom Gov, "após a agenda de compromissos na Governadoria, no CAB, o governador Rui Costa seguiu para o circuito Dodô (Barra-Ondina), na noite desta quinta-feira (20). Neste primeiro dia de folia, ele acompanha a festa no trio comandando por Bell Marques, que é uma das 200 atrações que o Governo do Estado preparou para o folião pipoca em 2020".
"Estamos comemorando os 70 anos do trio elétrico, uma invenção de Dodô e Osmar que revolucionou essa grande festa que é o Carnaval da Bahia. Que todos os baianos e baianas, assim como os turistas que escolheram festejar com a gente, possam curtir o Carnaval na paz e com muita alegria", afirmou Rui.
Desta quinta (20) a terça-feira (25), o folião pipoca poderá curtir atrações como Ivete Sangalo, Anitta, Léo Santana, Saulo, Daniela Mercury, BaianaSystem, Parangolé e Psirico, que desfilam na Barra e também no circuito Osmar (Campo Grande). Além da capital, o Governo do Estado apoia o Carnaval em 32 cidades de diferentes regiões.
COMENTÁRIO DO BAHIA JÁ
Ora, por maiores compromissos que tivesse o chefe do Executivo baiano, como diz a nota da Secom, o governador optou por não ir a abertura do Carnaval de Salvador ao lado do prefeito ACM Neto, certamente para não lhes dar palanque como se diz na linguagem política, mas, aos olhos da população agiu de forma deselegante.
Se havia um convite do prefeito, ou seja, da cidade do Salvador, deveria ter comparecido, como aliás, já fizera em anos anteriores. Não foi. Trata-se, óbvio de uma posição política e que deve ser respeitada.
O prefeito minimizou a ausência do Chefe do Executivo baiano e disse que, se fosse ele (sendo governador) iria. E mais, que o Carnaval, o evento cultural, está acima de qualquer autoridade.
Estavam tão bem na fita até a inauguração de uma USB em Cajazeiras, mas, ao que tudo indica, voltaram aos velhos tempos das adversidades políticas. Cada qual de um lado, com dois carnavais. A população não entende isso e só enxerga um Momo. (TF)