Otto e Leão precisam se posicionar para orientar as suas bases
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. A entrevista do senador Jaques Wagner na FM A Tarde, nesta segunda-feira, 2, é sintomática de que será candidato a governador, em 2022. Quando um político experiente como o ex-governador coloca o seu nome à disposição do partido, que ele mesmo comanda, e diz que se for por vontade partidária ele encarará a missão, fica óbvio que vai ser o candidato.
2. Posta essa dúvida de lado, os dois outros possíveis nomes pré-candidatos, João Leão (PP), vice-governador; e Otto Alencar, senador pelo PSD que ponham as barbas no molho e/ou venham a público e digam que também querem ser governador (ou não).
3. Se ficarem calados, Wagner avança. E olhem que esta é a última chance para Leão e Otto, devido a idade de ambos, pois, digamos que Wagner seja eleito governador, em 2023, com chances de ficar no governo até 2030, Otto e/ou Leão ensairem uma candidatura em 2031 passou do tempo e estarão com mais de 80 anos de idade.
4. A hora é agora: 2023. Parlamentares otistas na Assembleia Legislativa com quem conversamos dizem em off que o senador Otto ainda não sinalizou que deseja ser candidato, em 2023, e sequer demonstra interesse na conversa com parlamentares mais próximos a ele. Recentemente, o filho de Otto, que tem o mesmo nome do pai disse a um site que gostaria de ver o pai governador, de novo.
5. A questão, portanto, estaria em Otto demonstrar essa vontade explicitamente, o que ainda não aconteceu, pode acontecer ou também pode não acontecer. Neste caso, se acomodada as coisas dessa forma, caberia ao PSD indicar o vice-governador a compor com Wagner, posição ocupada por Leão.
6. E, agora? Leão sobraria em 2022 uma vez que o candidato natural ao Senado é o governador Rui Costa (PT), salvo se for candidato a presidência da República no lugar de Lula e/ou Haddad. Wagner também disse em A Tarde FM que se Lula for impedido de ser candidato os nomes preferenciais do PT, pela ordem, são Haddad e Rui.
7. Para Wagner, diante da necessidade de compor com seus principais aliados, PP e PSD, o melhor (não que advogue esse ponto de vista) seria Rui candidato a Presidente porque acomodaria o PSD na vice e o PP ao Senado, em 2022, Leão satisfeito ficaria em colocar o filho Cacá, quiçá, Nelson Leal, presidente da ALBA.
8. O quadro é esse. Wagner adiantou um pouco o carro dos bois, o que não deve ser sido do agrado de Rui, e cobrou do partido que ele elegeu o presidente regional, Eder Valadares, para escolher logo um nome para prefeito de Salvador, em 2020. E, pelo sim; pelo não seu ex-secreário de Comunicação, Robison Almeida, hoje deputado estadual, já pré-lançou seu nome. Parece uma coisa espontânea e ao mesmo tempo articulada.
9. Dizer que foi Wagner que mandou lançar é um exagero, mas, como o senador disse na entrevista que, quem tem muitos candidatos e demora de escolher não tem nenhum, e isso aconteceu em 2016, considere-se que deve achar o nome de Robison adequado, renovador.
10. E, de fato, na pasmaceira que é o PT, trata-se de um quadro novo e que pode render bons resultados. Mas, isso só a prática dirá.
