PT tem oito nomes em análise e com ida de Pelegrino para a SDE cresce o nome de Marta Rodrigues
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. Ao que tudo indica, o prefeito ACM Neto (DEM) partirá com dois pré-candidatos à sua sucessão, no primeiro turno: Bruno Reis (DEM), o preferencial; Leo Prates (PDT), o reforço. Não saberia dizer se teria mais um, ou terceiro, o que também é possível. Diria que, em sendo assim, a estratégia está correta, pois, a lei não permitindo coligações e havendo um segundo turno, bem provável dado o número de candidatos, o prefeito nada perde e só agrega.
2. A questão é saber se o "reforço", assim chamado por nós; ultrapassará o "preferencial" na contagem de votos do primeiro turno ou se, de fato, como almeja Neto e anunciará seu nome no próximo janeiro, Bruno estará na dianteira. De qualquer forma, seja qual for deles, são nomes da casa e representa uma vitória do prefeito se conseguir eleger um deles. Essa estratégia de Neto, se posta em prática como se depreende do encontro de Prates com Lupi, cacique do PDT, não mexe na oposição. Mas, reforça sua caminhada.
3. A oposição ainda está sem fechar sua grade por conta do nome a ser escolhido pelo PT, cujo partido, em tese, tem 8 nomes na pré-disputa: Jorge Solla, Walmir Assunção, Moisés Rocha, Marta Rodrigues, Suica, Vilma Reis, Robison Almeida e Juca Ferreira. Como Nelson Pelegrino assumiu uma secretaria de Estado admite-se, por negociação prévia, que o nome de Marta tenha subido de cotação interna.
4. Também supõe-se que Pelegrino esteja fora da disputa, pois, Rui não o nomearia para ser um secretário de 5 meses de gestão. Pelegrino disse, em entrevista, que vai cuidar do VLT e da nova estação rodoviária.
5. Há quem aposte no nome de Juca Ferreira ex-ministro da Cultura, hoje, ex-secretário da Cultura de BH (foi demitido ontem pelo prefeito assim que soube de sua pré-candidatura a prefeito de Salvador) e/ou no nome de Jorge Solla, um deputado mais à esquerda e que é um critico mordaz do "carlismo". A pré-candidatura de Guilherme Bellintani por este partido parece sepultada, uma articulação inicial feita pelo publicitário Sidônio Palmeira, da Leiaute, que comanda a comunicação nos governos petistas Wagner/Rui.
6. Caciques da base governista estão sinalizando um apoio ao pastor e sgt PM Isidório (Avante), caso do senador Otto Alencar (PSD) e do deputado Bacelar (Podemos), este último lançado pré-candidato a prefeito, mas, diz-se nos bastidores, que ficaria satisfeito em integrar a chapa Isidório como seu vice, a essa altura, também disputada por um nome do PSD "alencarista". Ora, sem dúvida, da base "ruista" (de Rui Costa) o nome com maior potencial de votos entre Olivia Santana (PCdoB) e o nome do PT é Isidório.
7. Caso o nome de Isidório emplaque para a disputa num segundo turno, o que é bem provável, Salvador terá na competição final dois nomes da "direita" almejando o Thomé de Souza: Isidório x Bruno Reis ou Leo Prates o que não deixa de ser curioso.
8. Outro nome que poderá crescer, a depender da forma como fará sua campanha, será da deputada estadual Olivia Santana. Se manter o ranço do politiburo comunista do seu partido sem uma visão modernizante da sociedade dançará feio. Agora, se fizer uma campanha inteligente, aberta, sinalizando para as tendências das novas tecnologias, sem se apegar muito por ser uma candidata da negritude (esse campo tem que ser bem dosado, pesquisado) e tiver um apoio mais claro do governador Rui Costa pode emplacar. Precisa, desde já, renovar seu discurso na Assembleia, esquecendo Bolsonaro de lado, e cuidar mais da cidade do Salvador.
9. Olívia, no entanto, não terá o mesmo apoio do governador e do PT no primeiro turno, como aconteceu com Alice Portugal, em 2018, porque o PT terá candidato (a). Vai ter que se virar sozinha com os seus partidários do PCdoB. Tem potencial de crescer.
10. O nome do PT é uma icógnita. O partido tem a força política do senador Wagner, em Salvador, que elegeu o comando diretivo na Bahia, e este sabe fazer política; e do governador Rui Costa, bem avaliado, mas, enfrenta a rejeição natural da sociedade diante das estripulias nacionais promovidas pelos seus dirigentes, em especial, Lula, que não tem a mesma força de outras campanhas. Daí que a população, hoje, busca outras alternativas e as tem.
11. O PSB da ex-senador Lidice da Mata, hoje, deputada federal, estaria também paquerando Bellintani e tem no nome de Lidice, a eterna candidata. Fosse os socialistas mais inteligentes poderiam lançar o nome da deputada estadual Fabíola Mansur, eleita destaque na Assembleia Legislativa, 2019. Nome novo e que poderia fazer alguma diferença. Pode até não ganhar, mas, oxigena o partido, cria um fato novo. Foi assim com a chapa Lidice/Salete/Beth, em 1990, para governo do estado.
12. Há, ainda, outros partidos que irão lançar nomes, em especial, o PSOL, que deixou de ser muleta do PT há muitos anos. O deputado estadual Hilton Coelho seria um nome, ao que se diz.
