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Tasso Franco

2 DE JULHO: A guerra que não houve e precisa de uma história real

Historiadores baianos Ou nacionais) estão devendo um livro que conte o que realmente aconteceu
02/07/2019 às 10:20
MIUDINHAS GLOBAIS:

1. Já comentamos neste Bahia Já que a história da Independência da Bahia precisa ser contada sem folclore e de forma real. Nunca aconteceram as tais batalhas sangrentas descritas por alguns historiadores e pelos discursos dos diretores do IGHB durante as solenidades ao 2 de Julho e sequer há um cemitério de combatentes para, ao menos, comprovar essas teorias ufanistas. 

2. Estima-se que as lutas pela Independência mobilizaram algo em torno de 3 mil homens. Em Cachoeira, no 25 de junho, quando dom Pedro I é indicado regente só morreu um soldado, e em Pirajá e Itapuã, os números são imprecisos: algo em torno de 50 a 100. 

3. O brigadeiro Madeira de Mello, o português que comandava a Divisão Auxiliadora sediada em Salvador zarpou com toda sua tropa na madrugada de 2 de Julho para Lisboa e sequer foi perseguido pelo almirante Thomas Cochrane que estava com sua armada no Morro de São Paulo. Levou todo mundo e mais comerciantes portugueses em 34 navios e até hoje isso nunca foi pesquisado como se deveria. O que aconteceu com Madeira de Mello? 

3. Quando o Exército Pacificador entrou em Salvador pela estrada das boiadas, a atual Liberdade, não havia mais ninguém. A tropa chegou esfarrapada e faminta e rezou-se um Te Deum na catedral basílica. Madeira não resistiu porque não tinha mantimentos diante da "guerra" de cerco realizada pelos poderosos da economia do Recôncavo contra a Divisão Auxiliadora. A comida e a água só deu para fazer a travessia de volta a Lisboa. 

4. Para se ter uma idéia do que significa uma guerra de verdade, a civil nortemaericana deixou um saldo de app 600 mil mortos e só na Batalha de Gettysburg (1 - 3 de julho de 1863), ocorrida nos arredores e dentro da cidade de Gettysburg, Pensilvânia, foi a batalha com o maior número das vítimas na Guerra Civil dos EUA e ponto culminante da segunda invasão do norte pelo exército confederado do general Robert E. Lee. 

5. A vitória das forças federais é frequentemente citada, junto com a queda da Vicksburg, como o ponto de inflexão da guerra. Foram 41.625 vitimas. 

6. Evidente que não podemos menosprezar as lutas pela Independência da Bahia, até pelo simbolismo, mas, uma guerra, de fato, não houve. Que se sabe, o Batalhão Periquito, de Maria Quitéria, nunca lutou e ela não deu 1 tiro sequer. Foi uma tropa de observação. A morte de Joana Angélica é anterior a refrega da Independência e deu-se em 1822 após uma invasão ao Forte de São Pedro.

7. Outro exemplo: A invasão da Checoslováquia também conhecida como entrada das Forças Aliadas (Operação Danúbio) foi uma invasão militar de tropas de 5 países socialistas do Pacto de Varsóvia sob a liderança da União Soviética (URSS, República Democrática Alemã, República Popular da Polônia, República Popular da Hungria e República Popular da Bulgária).

8. Na noite entre 20 de agosto e 21 de agosto de 1968, os países membros do Pacto de Varsóvia invadiram a República Socialista da Checoslováquia, a fim de deter a Primavera de Praga, as reformas de liberalização política de Alexander Dubcek. Na operação, de codinome do Danúbio, as estimativas variam entre 175.000 e 500.000 soldadosque atacaram a Checoslováquia; cerca de 500 checoslovacos ficaram feridos e 108 morreram na invasão.

9. Vamos parar por aqui em exemplos porque se formos citar a II Guerra Mundial são milhões envolvidos. A Batalha de Leningrafo foi uma monstruosidade.

10.  Então, louvemos o 2 de Julho, agora, dentro da real. Outra coisa: a Independência da Bahia não consolidou coisa alguma a Independência do Brasil porque a força de Madeira de Mello era mixórdia até na Bahia quanto mais para uma investida no território nacional. 

11. Ademais, o pai de dom Pedro I, proclamado imperador do Brasil, não apoiava uma investida contra o filho. Estava mais interessado nas riquezas do Brasil do que de qualquer outra coisa. E, logo mais adiante, com a morte de Dom João VI e dom Antonio, Dom Pedro I abdica o trono em 1831 e volta para Portugal para ser o rei dom Pedro IV.
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