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Tasso Franco

ODEBRECHT enviou documentos do Caixa 2 para presssionar Dilma Rousseff

O ex-presidente da Assembleia, Marcelo Nilo, queixa-se de colegas que o traíram e da falta de apoio de Rui Costa
15/04/2017 às 18:56
MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. (ESTADÃO) O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, enviou à presidente Dilma Rousseff, por meio do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), documentos que demonstravam o caixa dois em sua campanha de 2014. O objetivo seria demonstrar que a petista não estava blindada na crise de corrupção que se instalou em seu governo e pressioná-la a tomar providências quanto ao avanço da Lava Jato.

    2. O relato foi feito pelo ex-diretor de Crédito à Exportação da Odebrecht Engenharia e Construção João Nogueira em depoimentos à Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele descreveu uma série de encontros com Pimentel no fim de 2014 para tratar de estratégias para evitar que as investigações levassem o governo petista e a empreiteira a uma debacle. 

   4. Na época, o petista havia acabado de se eleger governador, após um período de pouco mais de três anos como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

   5. Segundo Nogueira, Marcelo Odebrecht viajou a Belo Horizonte em 17 de dezembro de 2014 a lá se encontrou com Pimentel. Naquela ocasião, teria apresentado ao petista o material sobre os repasses ilegais à chapa Dilma-Michel Temer. A questão é hoje objeto de uma ação de cassação por abuso de poder econômico e político no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

   6. “O que o Marcelo disse foi que tinha passado uma mensagem à presidente Dilma, porque o Pimentel era muito próximo dela: a comprovação, por meio de documentos, de que contribuições com recursos não contabilizados tinham sido feitas à campanha”, afirmou o colaborador, explicando que o chefe visava a “catalisar uma atitude” do governo. “Eram tempos já desesperadores”, acrescentou.

    7. O delator explicou que o recado foi levado a Dilma, conforme lhe teria dito o próprio Pimentel numa conversa posterior, também em BH. Dilma teria pedido a Giles Azevedo, um de seus auxiliares mais próximos, para ficar “em cima do tema contribuições”.

   8. O delator não soube informar sobre eventuais providências do governo após o aviso de Marcelo Odebrecht. Um dos objetivos da empreiteira era que o Planalto atuasse para que uma reclamação apresentada pela Engevix contra o juiz Sérgio Moro fosse aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), fazendo com que a Lava Jato fosse avocada pela Corte, o que não ocorreu.

   9. Os depoimentos de Nogueira constam de pedido de inquérito apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para avaliar possível tentativa de obstrução de Justiça. O relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, determinou o envio do caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que avaliará se há elementos para a abertura de uma investigação. Ele também autorizou a remessa de cópias dos depoimentos à Justiça Federal no Paraná.

   10. Conforme o relato do colaborador, a Odebrecht também estava preocupada com a Operação Acrônimo, recém-desencadeada pela Polícia Federal, que poderia alcançar tanto Pimentel quanto a empreiteira. “Tenho amigos olhando, isso não vai longe”, teria dito o petista ao executivo.

    11.No fim do ano passado, após o avanço das investigações, o governador e Marcelo Odebrecht foram denunciados por corrupção. O petista é acusado de receber propina de R$ 12 milhões para favorecer a empreiteira quando ministro. O petista nega.

   12. Outro lado. Procurada nessa sexta-feira, 14, a assessoria de Dilma reiterou o teor de nota já divulgada, na qual alega ser mentira que tivesse conhecimento de “quaisquer situações ilegais que pudessem envolver a Odebrecht e seus dirigentes, além dos integrantes do próprio governo ou mesmo daqueles que atuaram na campanha da reeleição”.

   13. “Após meses de insinuações, suspeitas infundadas e vazamentos seletivos de acusações feitas indevidamente por dirigentes da Odebrecht, finalmente Dilma Rousseff terá acesso a íntegra das declarações. Não conseguirão atingir a sua honra e a sua vida pública, porque tais acusações são mentirosas”, diz o comunicado.

   14. Em nota, o advogado Eugênio Pacelli, que defende o governador de Minas, afirmou que, sobre esses fatos, “parece muito fácil demonstrar que o delator nada diz de concreto”. “Afirma ter mandado recado’ à ex-presidente, recado esse que seria a comprovação de que ele poderia se transformar em um delator, se algo não fosse feito. Pela lógica dele, nada se fez. Transformou-se em um. Melhor: no principal delator”, diz a nota.

   15. “O governador Fernando Pimentel esclarece que sempre teve consciência da impossibilidade de qualquer interferência política na condução da Lava Jato. E foi esse o seu comportamento desde sempre. Tanto o juiz Sérgio Moro, quanto os membros do Ministério Público Federal são constitucionalmente independentes e não podem sofrer qualquer tipo de influência em seus atos. Jamais relataram algo nesse sentido em relação ao governador”, completa. 

   16. O advogado também diz que é importante ressaltar que também não houve iniciativa legislativa da ex-presidente para qualquer fim contrário às investigações. “Precisamos de mais fatos e menos boatos!”, finaliza.
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AS MÁGOAS DE MARCELO NILO

   17.  O ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelo Nilo (PSL), foi entrevistado pelo site Informa 1 e um trecho do vídeo gravado foi divulgado, nesta quinta-feira (13), nas redes sociais. De acordo com o político, visivelmente emocionado, essa foi a primeira vez que ele critica aqueles que o deixaram para apoiar a candidatura vitoriosa de Ângelo Coronel (PSD). 

   18. “Deputados que me visitavam três ou quatro vezes ao dia, eu estou aqui há 60 dias, e nenhum veio me visitar. Ou seja, eles eram amigos do presidente e não do deputado”, diz Nilo. Ele ainda disse que foi um alívio sair da presidência. “É um peso que sai das suas costas…Foram 10 anos como babá de deputado”.

   19. Sobre a neutralidade do governador Rui Costa (PT), Nilo afirma que não esperava que isso ocorresse. “Pensei que ele ia me ajudar… As vezes que o procurei disse que realmente não poderia ajudar, que a decisão tinha de ser de neutralidade porque todos os três candidatos eram da base. Fiquei triste e não imaginava. 

   20. Foram 10 anos dando tranquilidade ao governo do estado aqui. Sentado na cadeira eu era independente, mas parceiro do governador. Imaginava que ele me ajudasse. O PCdoB me deixou porque ele [Rui Costa] ficou neutro. Se ele tivesse do meu lado, o PCdoB teria continuado, participou de dois almoços, me apoiaram duas vezes publicamente, um partido com 90 anos de idade, me deixou na véspera sem ter dado nem satisfação, soube pelos sites”.

   21. Nilo detona o PCdoB e todos que ele acredita que o traiu para apoiar Ângelo Coronel. Cita nomes dos deputados que antes o apoiaram e diz que uma das grandes decepções foi o voto contrário de Roberto Carlos (PDT), já que tinha dito publicamente que “somente Deus mudaria o voto dele”. “Foram tantas surpresas, talvez a maior foi a do PCdoB. Como pessoa foi Roberto Carlos [a maior decepção], e Nelson Leal, e Reinaldo Braga, e Fabrício Falcão”, frisa Nilo.
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    22. “Será se beleza está somente no sorriso, na pele, no externo? Eu há um tempo atrás achei que sim! Mas aí, DEUS veio me mostrando que além de tudo isso, existia algo ainda mais fascinante... O Amor, o cuidado que as pessoas que a gente gosta e também gostam da gente, tem por nós”. 

    23. As palavras são da jovem Jaciara Dourado, 26 anos, estudante universitária de Irecê diagnosticada com Leucemia Linfoide Aguda (LLA), um tipo de câncer que atinge os leucócitos (células brancas do sangue) e que começa na medula óssea. 

    24. “Tudo começou com um cansaço inexplicável, muito sono... O cansaço chegava a doer. Logo depois surgiram umas manchinhas vermelhas nas pernas (...) Depois umas manchas grandes roxas parecendo pancadas”, relembra Jaciara, em conversa com a reportagem do Sertão Baiano

   25. Comissão Especial da Câmara Federal que analisa o Projeto de Lei nº 6.437/2016, que atualiza as atribuições dos agentes comunitários de saúde e agentes de endemias, realiza seminário em todas as capitais brasileiras para discutir com as categorias o tema. Em Salvador, o debate acontece na próxima segunda-feira (17), no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

    26. Na capital baiana, o Seminário Estadual sobre o PL em Salvador será coordenado pelos deputados federais Jorge Solla (PT) e Daniel Almeida (PCdoB), integrantes da comissão especial formada para analisar a proposta. Também confirmaram presença representantes dos poderes públicos ligados à saúde, além das categorias envolvidas.

    27. O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, deputado Marcelino Galo (PT), apresentou proposição na Assembleia Legislativa da Bahia para conceder a Comenda Dois de Julho à Major Denice Santiago, comandante da Ronda Maria da Penha (RMP).

   28.  A honraria, de acordo com Galo, é merecida por sua contribuição para “o desenvolvimento do Estado da Bahia, sobretudo na defesa da igualdade de gênero, contra o machismo e na luta pelo fim da violência contra as mulheres”. 

   29. Além da ronda, iniciativa premiada, a Major Denice Santiago é fundadora também do Centro Maria Felipa, núcleo da PM direcionado para mulheres, e do programa "Mulheres de Coragem", que envolve as mulheres assistidas com palestras, oficinas de arte e outras ações. É responsável, também, pela proteção de 629 mulheres ameaçadas por homens na Bahia.

   30. “Este trabalho realizado pelas mulheres e homens da Polícia Militar da Bahia deve ser homenageado e reconhecido nesta Casa por tudo que representa em nosso processo civilizatório, bem como por ser preciosa amostra de valorização institucional de uma polícia, como deseja a sociedade, comprometida com a cidadania e a dignidade da pessoa humana”, afirmou o parlamentar.