Bahia goleou o Moto Clube em São Luiz
Um a zero magro, futebol que não agradou o torcedor, dois pênaltis desperdiçados no primeiro tempo, uma arbitragem no mínimo estranha. . . mas o Vitória venceu o Botafogo da Paraíba e está praticamente classificado para a próxima etapa do Nordestão 2017. Disputará a liderança do Grupo E na rodada final com o Sergipe, ambos com 10 pontos ganhos. Pelo saldo de gols, o Sergipe lidera.
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Mais cedo o Bahia goleou o Moto Clube em São Luiz do Maranhão (4 x 0), com gols de Hernane e Régis, e classificou-se antecipadamente como líder do Grupo B para a fase seguinte da competição, com 11 pontos, inalcançáveis pelos concorrentes. .
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Gude preso
Noite de lua cheia, Barradão com um público abaixo do esperado e rivalidade em campo. O Botafogo (PB) foi a única equipe a vencer o Vitória nesta temporada, 4 x 2, em João Pessoa. Hora da revanche?
O rubro-negro baiano entrou em campo na liderança do Grupo E com 7 pontos ganhos; o Sergipe também com 7 e o Botafogo com 4. Os dois primeiros devem seguir adiante e o Botafogo está eliminado.
A equipe treinada por Argel Fucs, com o desfalque de Paulinho, substituído pelo veterano André Lima e de Cleiton Xavier, no banco. Dátolo e Pisculichi estão no estaleiro.
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Bola rolando
A partida começou bem equilibrada, aberta e muito brigada no meio campo. Aos 5 minutos, o árbitro pernambucano enxergou um pênalti em Pineda. André Lima cobrou e o goleiro Michel Alves defendeu. O time paraibano respondeu aos 11’, o avante Rafael Oliveira chegando atrasado num cruzamento rasteiro da direita.
O rubro-negro abriu o placar antes dos 15 min, após cobrança de escanteio da esquerda; Kanu testou pro alto, o goleiro Michel saiu muito mal e Alan Costa dividiu e ganho do goleiro, empurrando para as redes: 1 x 0. Aos 24’, quase o Vitória amplia, numa cabeçada de André Lima que resultou numa defesa plástica de Michel Alves. Aos 27’, de novo Rafael Oliveira quase empata, chegando um trisco atrasado em novo cruzamento rasteiro da esquerda.
O jogo continuou sem predomínios, muito corrido, brigado mas jogado sem muito capricho técnico. Muitos chutões, bolas esticadas, empurrões, faltas...
Aos 45’, o árbitro inventou outro pênalti a favor do Vitória, enxergando um empurrão em Euller que ninguém viu. Patrick bateu forte e acertou o travessão. O segundo pênalti perdido no primeiro tempo. O placar terminou justo pelo maior volume de jogo do time da casa.
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O dono da casa voltou da merenda nos vestiários mais animado, mais ofensivo, buscando mais gols e ganhando as divididas na meia cancha. Mas, a despeito da disputa, nada de emocionante aconteceu até os 17 minutos, quando Argel trocou o Gabriel pelo Cleiton Xavier no meio campo rubro-negro. E o jogo voltou a ficar bem equilibrado, o Bota começando a gostar mais do jogo. Poucos lances de área, no entanto, e, aos 29 min, saiu Kieza, aplaudido, entrou David. O rubro-negro esteve mais perto do gol, mesmo atacando desordenadamente,
A despeito do triunfo, mais uma vez o torcedor rubro-negro vaiou a atuação da equipe e o treinador Argel.
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Destaques para a dupla de zaga Kanu e Alan Costa, segura. Willian Farias, o líder, sempre em todas.
Destaque negativo para a arbitragem. Confusa, sem critérios, parando demais o jogo, inventando faltas, sempre caseiro esse José Washington da Silva, de Pernambuco.
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Sergipe x Vitória disputam a liderança do grupo na rodada final dessa fase do Nordestão. Ambos classificados com os resultados obtidos nesse domingo – o Sergipe venceu o América (RN), 2 x 0, em Natal. A partida Sergipe x Vitória será em Aracaju. No primeiro jogo entre eles, no Barradão, deu Vitória: 3 x 1. Hoje, o Sergipe tem um saldo de gols melhor que o rubro-negro.
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Antes, o Vitória volta a campo na quinta-feira, recebendo o Vasco no Barradão, o jogo de volta decisivo pela Copa do Brasil. A equipe joga por um triunfo simples ou até um empata em 0 x 0, para seguir na competição. Tudo ou nada. Vamos ter casa cheia.
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Bahia classificado
Moto Clube 0 x 4 Bahia, no belo Castelão, São Luiz do Maranhão, a calorenta tarde de domingo, o estádio com pouca gente nas arquibancadas ( 2.500 pagantes) , valendo pela 5ª rodada da Copa do Nordeste. Árbitro: José Laranjeira, das Alagoas, sem problemas.
- Novidades na escalação do Tricolor: Éder na zaga fazendo dupla com Tiago, a volta de Juninho no meio campo ao lado de Édson e Allione na frente, no lugar de Diego Rosa. O Moto Clube, de rubro-negro, no desespero, segurando a lanterna do Grupo B.
Com o resultado ( 4 x 0), o Bahia está classificado em primeiro lugar de seu grupo para a fase seguinte da competição. O Moto Clube deu adeus.
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Bola rolando
O Bahia tomou a iniciativa. Aos 2 min, a zaga recuou mal, Allione livrou-se do goleiro Ruan mas não conseguiu por a bola nas redes, desperdiçando a primeira chance evidente de gol.
- Aos 12 ‘, Chico Bala recebeu nas costas de Eduardo e arrematou forte para a defesa espalmada de Jean. A resposta da equipe baiana veio na sequência: Hernane foi lançado em profundidade e bateu forte, Ruan deu rebote mas Ze Rafael meio sem ângulo não acertou o alvo.
- O placar saiu do zero aos 27 minutos, numa estilosa cabeçada de Hernane, na linha da pequena área, entre os zagueiros, após um cruzamento largo de Armero: 1 x 0.
- Abriu-se a porteira e Régis ampliou dois minutos depois, recebendo uma bola enfiada por Hernane no meio da área, após vacilo defensivo do Moto Clube em saída de bola, batendo de canhota diante do goleiro: 2 x 0. O terceiro saiu aos 42’, após jogada inteligente de Allione pelo lado direito, enfiando para Hernane que carrinhou antecipando-se ao goleiro, tocando rasteirinho: 3 x 0. Aos 46’, Allione entrou livre, driblou o goleiro mas não chutou em gol, passou para Hernane, que demorou de finalizar; poderiam ter ampliado o placar.
Os 3 x 0 traduziram o que foi a primeira etapa. O tricolor teve total domínio, trocando passes no meio campo, com mais posse de bola, porém fazendo um futebol meio burocrático, sem vibração, sem dinâmica, pouco objetivo... até que os gols começaram a sair e a equipe do Norte entregou os pontos, defensivamente frágil.
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O tricolor voltou dos vestiários com a nítida proposta de administrar o placar, cozinhar o jogo, só esperando a chance do contragolpe. Mas uma troca de passes equivocada da zaga proporcionou a melhor chance dos donos da casa, até então: E aos 7’ e aos 10’, Jean teve de fazer ótimas defesas, após duas cabeçadas, uma do meia Toni Galego a queima-roupa, na pequena área.
Um Bahia muito acomodado, aceitando o crescimento e o sufoco do adversário em busca de um gol, e sem empenho para encaixar o contra-ataque. Do outro lado, o rubro-negro do Maranhão alçando bolas na área baiana, a zaga perdendo as disputas e Jean trabalhando bem, mostrando reflexos.
- Só aos 15, o tricolor acordou. Hernane enfiou uma bola longa , rasteira, Régis disparou pelo lado esquerdo e encheu o pé na cara do goleiro, aos 15’. Na cobrança do escanteio, Tiago cabeceou para boa defesa de Ruan.
O treinador Guto ferreira trocou Zé Rafael, já sem pernas, por Diego Rosa; e Allione, morto em campo, pelo garoto João Paulo. O Moto explorando muito o lado direito ofensivo, o cansaço do lateral Armero, sem marcar mais ninguém.
- Aos 35, numa puxada de contragolpe de João Paulo pela direita, a bola foi rolada para a meia lua, Régis ajeitou e bateu colocado, no ângulo : 4 x 0.
E nada de mais interessante aconteceu.
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Destaques
- Jeanzinho trabalhou bem quando foi chamado; a zaga perdeu muitas disputas pelo alto, sobretudo na segunda etapa; Armero caindo das pernas com o decorrer do jogo; Régis e Hernane os melhores, fizeram os gols e a diferença.
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Uma semana livre de treinamentos e a próxima partida é contra o Galícia, na Fonte Nova, pelo Baianão. O tricolor ainda tem um jogo de grupo pelo Nordestão, contra o Fortaleza, também na Fonte Nova; mas, com qualquer resultado na rodada final o Bahia está classificado, mantém a liderança do Grupo B com 11 pontos ganhos, quatro a mais que o Fortaleza, este já sem esperanças. Bahia x Fortaleza pode ser, pois, um jogo com caráter amistoso, nada decide mais.
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Juá desclassificado
O outro time baiano que disputa o Nordestão está fora da próxima fase. É o Juazeirense que levou 5 x 0 do Sport Recife, sábado à noite, em Pernambuco, sem ver a cor da bola. Perguntamos: como o Juazeirense pode dar testa a Bahia e Vitória no Campeonato Baiano? Ou seja, do que vale esse Baianão?
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Toque:
O jogador de futebol em campo não pensa na cor nem no número da camisa que veste. Jogar bola é sua arte e trabalho. Quer vencer e ser remunerado pelo seu esforço, só. O resto é da torcida, fora dos gramados, com suas paixões.
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