Em Salvador, os "coxinhas" (pró-impeachment) fazem concentração no Jardim de Alah; e os "mortadelas" (contra o impeachment) no Farol da Barra.
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. A Câmara dos Deputados vota a partir das 14h deste domingo, 17, o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Pelas contas prévias dos principais portais do país a oposição já tem o número (342 votos) suficientes para retirar a presidente do poder, mas, eleição tem sempre surpresas, traições, mudanças de última hora, e o melhor mesmo é esperar o resultado no painel eletrônico da Casa.
2. Uma coisa parece consensual, o governo conseguiu mais alguns aliados nas últimas 24 horas, porém, não alterou o número daqueles que estariam dispostos a dar o SIM. Outro detalhe: não adianta patrulhamento de A ou B porque deputado vota de acordo com sua consciência, muitos entendendo que deputado não tem consciência.
3. Diga-se, também, que a presidente mesmo com o afastamento de partidos de sua base, casos do PMDB, PP e PSD - especialmente o distanciamento último do ministro Gilberto Kassab - não mudou o seu ritmo de enfrentamente martelando a tecla do 'golpe' e tentando arregimenar aliados com Lula e Wagner à frente do comando politico. Batalha dificil porque o governo perdeu a credibilidde e a presidente governou distante do Congresso.
4. Só agora, no final da crise que vem se esboçando desde a sua segunda eleição, já em meados de 2015, foi que sentiu esse drama. Ainda assim, para mudar o comando de sua Casa Civil e da Fazenda, órgãos vitais nas conduções politica e economica, é que mudou. Foi quase uma intervenção de Lula que nomeou o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, e ele próprio se escalou no auge da crise para a Casa Civil. Mais dois deslizes na Fazenda e na Justiça, com 4 ministros em pouco tempo.
5. O governo cometeu tantos erros na política, na economia e na condução do país mormente na falta de combate à corrupção, uma chaga que ameaça o país e destrói suas estruturas (a Lava Jato mostra isso claramente) que a presidente foi ficando isolada a cada momento, ora dando sinais de que reagiria bem; ora cometendo novos equívocos e sua base politica no Congresso - Câmara e Senado - se desmelinguiu, dessestruturou-se de tal forma, numa situação pior do que na época do impeachment de Fernando Collor.
6. Se faltou a Collor os movimentos de apoios populares - o que Dilma tem com os sindicalistas da CUT e os movimentos dos Sem Terras e outros - o que se vê no plano político é um loteamento de cargos, favores, benesses, para tentar salvar o governo do naufrágio, o que poderá até dar resultados, mas, duvida-se dada a vigilância da sociedade, as redes sociais, e a população nas ruas que apoia o impeachment.
7. Com Collor só havia um lado: as ruas era da oposição; com Dilma, isso está dividido, meio a meio. Mas, isso pesa pouco ou quase nada para os deputados e senadores.
8. A questão é que também o governo não esperava que a classe média apelidada de 'coxinhas' fosse às ruas na profusão que foi, numa dimensão nunca vista no país. As ruas que pareciam ser uma exclusividade dos petistas, dos 'esquerdistas', dos sindicalistas mesmo a custo de mortadelas, passou também a ser ocupada pelas classes média e média alta as quais sofrem mais a crise do que quaisquer outras.
9. O sentimento que se tem é que o governo está batido. De toda sorte, como em qualquer eleição, toda cautela é pouca e o melhor é esperar o resultado da votação.
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10. Às 4h30 da manhã deste sábado (16), o deputado federal Bacelar (PTN-BA) subiu à tribuna da Câmara para reafirmar apoio à presidente Dilma. O parlamentar disse que o seu voto e suas convicções não estão à venda; e que é contrário ao impeachment por acreditar que não houve crime.
11. Ele questionou os que votarão a favor do processo, pois considera que serão igualados aos políticos que, em 1964, defenderam a implantação da ditadura militar. “No futuro, esse impeachment que não tem base legal será conhecido como o golpe de 16”, disparou.
12. Bacelar ressaltou ainda a importância do respeito aos princípios democráticos no processo. “Continuarei votando 'não' porque tenho um compromisso com o meu país e meu povo. Não quero entrar para a história como integrante de um golpe. Porém, acredito que a democracia não busca a unanimidade, mas o respeito às opiniões alheias, para que possa prevalecer a opinião da maioria”.
13. O deputado Arthur Oliveira Maia (PPS/BA) reafirmou em seu discurso a favor do impeachment, na manhã deste sábado (16), que há uma sólida base jurídica capaz de atestar que a presidente Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade com os decretos orçamentários sem autorização do Legislativo e com as pedaladas fiscais. Citando artigos da Constituição que falam sobre o crime de responsabilidade, o deputado disse que Dilma tinha plena consciência das ilegalidades.
14. “Se a presidente, sabendo desse comando constitucional, tomou para si o risco de, cometendo o ilícito, ultrapassar os direitos desta Casa e fazer os decretos sem autorização legislativa, é óbvio que ela cometeu crime de responsabilidade; é óbvio que ela teve esse propósito”, afirmou.
15. Ele rebateu a defesa feita pelo advogado-geral da União e afirmou que José Eduardo Cardozo deixou de cumprir os seus afazeres institucionais, que é defender os interesses da República, para ir ao Congresso defender uma presidente que “definitivamente não merece uma defesa paga pelo povo brasileiro”.
16. “O ministro faz uma linha que é extremamente temerária para a própria presidente. Cardozo disse que Dilma não teve dolo - um dos três elementos do tripé criminal - ao cometer os crimes de responsabilidade. O advogado, em hora nenhuma, nega que tenham existidos os crimes. Ora, o dolo é a vontade deliberada de cometer um ilícito para atingir um determinado propósito. E o que foi que a Dilma fez? Em primeiro lugar, editou decretos que aumentavam a sua capacidade de mudar o Orçamento da União e o fez sem autorização desta Casa. Isso caracteriza crime de responsabilidade”, ressaltou.
17. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Salvador apresentou, em março, redução de 0,12%, variação inferior à apurada no mês anterior (0,79%). Em março de 2015, o IPC havia registrado variação de 0,69%, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).
18. No acumulado dos últimos 12 meses (abr. 2015-mar. 2016), a taxa situou-se em 10,22%, resultado superior ao acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (mar. 2015-fev. 2016), que foi 11,11%.
19. Em março 2016, os produtos/serviços que tiveram redução de preço foram: Perfume (18,99%), Gasolina (2,30%), Camiseta, blusa e blusão femininos (12,19%), Automóvel novo (1,30%), Pacote turístico (4,56%), Diária de hotel (32,95%), Transporte intermunicipal (7,36%), Móvel para sala (4,23%), Passagem aérea (12,62%) e Sapato feminino (11,70%). Em contrapartida, os produtos que registraram aumento de preço foram: Óculos e lentes (28,21%), Medicamento para pressão arterial (20,47%), Empregado doméstico (4,15%), Cerimônias famílias e religiosas (5,80%), Serviços de reparo automotivo (8,18%), Seguro voluntário de veículos (6,18%), Camisa masculina (3,05%), Camisa infantil (13,24%), Calça comprida infantil (17,80%), Pão francês (1,24%).
20. Ainda no mês de março, dos 374 produtos/serviços pesquisados pela SEI, 128 registraram baixa nos preços, 74 não tiveram alterações e 172 apresentaram acréscimo.
21. Levando-se em conta apenas os reajustes individuais, os produtos cujos preços mais decresceram em março do ano corrente foram: diária de hotel (32,95%), livro não didático (31,80%), ventilador e exaustor (26,70%), teatro (22,22%), maracujá (21,97%), perfume (18,99%), tênis infantil (18,73%), bermuda e short feminino (17,70%, talheres (16,36%) e tomate (16,14%).
22. No período, dos sete grandes grupos que compõem o IPC/SEI, cinco registraram decréscimos, enquanto dois variaram positivamente. Entre os grupos com maior variação negativa de preço estão Artigos de residência (-1,62), com destaque para a redução nos preços de talheres (16,36%), fogão (9,56%) e liquidificador (7,72%), Vestuário (-1,06%) e Transporte e Comunicação (0,54%), este último em decorrência das quedas nos preços de passagem aérea (12,62%), transporte intermunicipal (7,36%), automóvel de passeio importado (4,41%) e pneus (4,23%). Os demais grupos que sofreram redução foram Saúde e cuidados pessoais (-0,29%) e Despesas pessoais (0,09).
23. Dos grupos que registraram aumento de preços, o destaque é o Alimentos e Bebidas, que apresentou aumento de 0,91%. O grupo de Habitação e encargos teve aumento de 0,16%, por causa dos reajustes em itens como detergente (4,22 %), materiais de construção (3,44%), desodorante ambiental (3,70%) e esponja e aço (2,84%).
24. Em Salvador, os "coxinhas" (pró-impeachment) fazem concentração no Jardim de Alah; e os "mortadelas" (contra o impeachment) no Farol da Barra.
25. A Secretaria da Educação do Estado da Bahia promove nos dias 18,19 e 20 (próximas segunda, terça e quarta-feira), a eleição geral de líderes de classe que deve mobilizar mais de 912 mil estudantes da rede estadual na capital e no interior. A expectativa é que 35 mil líderes e vice-líderes de classe sejam eleitos para o Ano Letivo 2016.
26. A proposta faz parte do programa Educar para Transformar, para promover o protagonismo juvenil e envolver os alunos nas ações realizadas nas escolas, contribuindo para a gestão democrática e participativa.
27. Os estudantes eleitos nas funções líder e vice-líder de classe devem ser os interlocutores da turma junto à comunidade escolar, articulador e propositor de melhorias para a ambiência na unidade de ensino. Entre às competências dos líderes destacam-se: representar o interesse coletivo, identificando as necessidades da turma; elaborar um plano de trabalho relativo à melhoria do processo de ensino
e aprendizagem e estimular o bom relacionamento da turma, através de diálogo.
28. As eleições aumentam a participação dos estudantes na vida escolar, como explica a estudante Sara da Silva Santos, eleita líder de classe da turma do 3º ano do Colégio Estadual Hermano Gouveia Neto, em Lauro de Freitas, na primeira eleição geral de líderes, em 2015. “Num trabalho com a direção e com os outros líderes, nós conseguimos melhorias para a escola como na estrutura, na qualidade da alimentação escolar e na melhoria das aulas com bons professores”, relata.