Colunistas / Miudinhas
Tasso Franco

SÃO JOÃO DA BAHIA como produto turístico nacional é cinza na fogueira

É com pesar que o Afoxé Filhos de Fhandy comunica o falecimento de Edmilson dos Santos, ocorrido na tarde desta sexta-feira, 5. Sepultamento no Campo Santo, sábado, 11h.
05/06/2015 às 19:51
 MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. Houve uma época na Bahia, segundo governo Jaques Wagner, que, garças ao esforço do então secretário de Turismo, Domingos Leonelli, imaginou-se tornar o São João da Bahia num produto turístico nacional. Em parte, irrigado por verbas da Petrobras, do governo do estado e de algumas Prefeitura consegiu-se algum êxito, nalgum município. Mas, sem uma estrutura que fosse duradoura e sem uma 'praça' que se assemelhasse a Campina Grande, na Paraaiba; e Caruaru, em Pernambuco, êxito limitado.

   2. O trabalho incansável de Leonelli - é que bom que se ressalte isso, porque sem ele sequer teria alguma visibilidade - não prosperou como se esperava e o São João da Bahia volta a ser o que sempre foi, um evento doméstico, de um turismo apenas regional entre os próprios baianos. 

   3. Agora, capengando mais do que nunca diante da falta de recursos da Petrobras - envolvida na Lava Jato e fora dos festejos juninos - e do aperto financeiro do estado. 

   4. Como a iniciativa privada só se movimenta amparada em alguma muleta e houve descontinuidade de gestão na passagem dos governos Wagner/Rui o que se presencia é um São João de improviso e que deixa a Bahia fora do circuito nacional do turismo junino. 

   5. As primazias continuarão com Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Fortaleza. Ninguém sairá de outro estado para vir ao São João baiano. Salvo raras exceções de filhos da terra que moram em SP ou Minas Gerais.

   6. Nós já haviamos cantado essa pedra aqui neste site em anos anteriores que, sem uma 'praça' destaque - e Leonelli tentou fazer que essa praça fosse Ilhéus ou Porto Seguro, os locais com melhores infra hoteleira - não iria dar certo. 

   7. Muitos brasis vão a Caruaru porque lá existe uma tradição de longos anos, os investimentos são altos e duradouros - do governo, da Prefeitura, da iniciativa privada e de produtores - o mesmo acontecendo no 'Maior Forró do Mundo' na Praça do Povo de Campina Grande.

   8. Feira de Santana que poderia se aproximar disso o São João minguou em São José; Amargosa foi uma 'bolha' sem infra hoteleira; Bonfim mantém um modelo doméstico há décadas; e Salvador nunca teve São João pra valer, salvo o improviso no Pelourinho e arraiás das TVs, como o do galinho, e o 'Arraiá da Capitá', de A Tarde, finado.

   9. O trabalho do 'Gago' - permita chamar Leonelli assim porque ele não se zanga com isso - que era bom, que poderia prosperar, foi por água abaixo. Fazer São João só com verba pública, sem produtores culturais de maior porte, e Prefeituras fazendo politica a maioria dos casos, não existe como produto turístico organizado. 

   10. Veja que chegamos a um ponto de tramitar um Projeto de Lei na Assembleia Legislativa da Bahia criando uma cota para os forrozeiros baianos. O deputado Paulo Rangel, PT, já disse em alto e bom som que é escrescência, inconstitucional e fora de propósitos. 

   11. É isso. O São João da Bahia volta ao que era - nitidamente doméstico, regional - e sobrevive graças a locais como Caculé que fazem festejos populares a baixo custo, participação da comunidade, ajuda do poder público, dentro de suas limitações.
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   12. Portão será a comunidade atendida pela segunda edição do “Cuidando do seu Bairro”. O projeto começa nesta segunda-feira (8) e vai até sexta-feira (12), no Centro Social Urbano, Rua José do Nascimento, Loteamento Solar União, próximo ao posto Noel Alves da Silva. Durante uma semana secretários e servidores da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas (PMLF) oferecem os mais diversos serviços públicos.

   13. O projeto coordenado pela Secretaria de Ações Estratégicas (Seaes) é baseado em levar bairro a bairro ações públicas integradas, através de todas as secretarias da gestão. A primeira edição foi realizada na localidade de Areia Branca e totalizou 400 atendimentos.

   14. A PMLF informa que o projeto consiste na presença de secretários e seus servidores, no Centro Social Urbano, de segunda a sexta-feira (8 a 12), das 8h às 14h e das 14 às 17h. No sábado (13) o prefeito Márcio Paiva e o secretariado apresentarão os resultados e divulgarão as próximas ações e quais serão as futuras comunidades contempladas no prosseguimento do “Cuidando do seu Bairro”.

   15. Politicos do Sul da Bahia querem uma resposta do govrerno do Estado sobre a paralisação da obra da ponte Ilhéus-Pontal. Ora-ora, falta de dinheiro. O governo federal fechou a torneira e a empreiteira parou a obra. Simples. 

   16. A Marcha Pra Jesus teria reunido 340 mil pessoas em SP. Fenômeno.

   17. Afinal de contas, Márcio Vitor é gay ou não é? Ninguém tem nada com a vida do cantor, pero, como a bola foi levantada nas redes sociais o cantor deveria ser claro.

   18. Outro fenômeno além da Marcha Pra Jesus é Ivete Sangalo. Atingiu a marca de 13.000.000 de seguidores no twitter.

   19. Os saques da caderneta de poupança voltaram a ser maiores do que os depósitos.

   20. Cena da Crise I: o estacionamento para tomar um chope no Pereira da Barra custa R$20,00.

   21. Cena da Crise II: o corte de cabelo no Shopping Barra custa R$45,00. Cabelo e barba R$90,00.

   22. Cena da crise III: a caderneta de poupança já perdeu R$32 bi em 2015.
 23. É com pesar que o Afoxé Filhos de Fhandy comunica o falecimento de Edmilson dos Santos, ocorrido na tarde desta sexta-feira (05/06). "Nós da diretoria do Afoxé Filhos de Gandhy, estamos de luto por este brilhante colega, que foi tão dedicada às causas do nosso afoxé, empenhando-se como Diretor da Ala de Canto".

   24. A nação Gandhy está convocada a prestar sua última homenagem a Edmilson, às
11hs, sábado, no cemitério do Campo Santo.

   25. Até a manhã da próxima segunda-feira (8), as rodovias estaduais estão com o policiamento rodoviário intensificado por conta do fluxo de veículos no feriado de Corpus Christi. O efetivo
de 510 policiais militares está em ação nas estradas baianas.