Cidade pobre gastando em demasia em festas de réveillon e festival de jazz e esquecendo as festas populares de largo da cidade
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. A informação publicada no Diário Oficial do Município e repercutida pelo Correio, jornal da familia do prefeito ACM Neto, dá conta de que a Prefeitura vai gastar R$6.5 milhões em três festas - réveillon, feira da cidade e um festival de jazz - e parece que o último pleito vencido por Rui Costa e Dilma Rousseff com votações bem superiores a Aécio Neves e Paulo Souto, na capital, não serviram para que o prefeito ACM Neto redirecionasse sua gestão pra aqueles que mais precisam.
2. Evidente que festas fazem parte da vida, da movimentação cultural e da atividade econômica da cidade, 70% desses recursos - segundo o Correio - serão bancados pela iniciativa privada com a PMS gastando com os artistas pouco mais de R$1.5 milhão, mas, ainda devem ser contabilizados os custos da produção -palcos, limpeza da área, iluminação, segurança, energia, assistência médica, serviços, etc - o que deve redundar em algo superior a R$2 ou mais milhões.
3. Isso significa dizer que a PMS deve gastar algo em torno de R$3.5 a R$4.5 milhões nas festas.
4. Não vamos nem discutir os valores salgados cobrados pelos artistas - veja matéria em Turismo - porque a gente sabe que artista vive noutra realidade, são estrelas, astros, o próprio nome diz, e um cantor Saulo recebendo R$180 mil pra cantar 1 hora e meia no réveillon até que não parece tão caro como a PM do RIo paga aos seus 'astros', Sêo Jorge, cobrando, por exemplo, R$700 mil no réveillon do Copa.
5. Segundo o Correio, "No Festival de Jazz, Yamandu Costa receberá R$ 56 mil, Wagner Tiso R$ 24.910, Hermeto pascoal R$ 77 mil, Ed Motta R$ 58.255 e a Orquestra Neojibá R$ 25 mil, entre outros. Para tocar na Feira da Cidade, Otto tem contrato de R$ 65 mil e BaianaSystem de R$ 45 mil".
6. Ainda segundo o Correio, "o custo total para os oito dias de festa (de 28 a 4 de janeiro), que ainda inclui a Feira de São Joaquim e um festival de jazz na Barra, deve ser de R$ 6,5 milhões – mas, de acordo com a prefeitura, 70% do valor será bancado pela iniciativa privada".
7. Salvador é uma cidade pobre e Otto cobrar R$65 mil para puxar um som na Feira da Cidade, convenhamos, torna-se algo fora do normal; assim com Agenor, vilgo, Pablo, o rei do arrocha ganhar R$250 mil para cantar no réveillon da Cayru.
8. Mas, paciência! Que assim seja, que a população vá anotando essas questões para cobrar nas eleições de 2016.
