Olodum serviu de "filarmônica" no largo do Pelourinho para encobrir possíveis vaias as autoridades governamentais
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. O 2 de Julho dos 190 anos comemorativos das expulsão dos portugueses comandados por Madeira de Melo em Salvador, 1823, foi também aquele em que a população de Salvador disse não aos politicos de todos os partidos e eles desfilaram com suas bandeiras sem que ninguém prestasse atenção. O governador Wagner e as autoridades estaduais sob um fortíssimo esquema de segurança, que mal dava para ver os cabelos brancos do chefe do Executivo. O prefeito ACM Neto, baixinho, engolfado por dezenas de seguranças e politicos de sua base.
2. Os demais políticos e partidos passaram batidos. Os pré-candidatos a governador pelo PT, isolados. Muitas queixas a Rui Costa no grupo dos professores e Gabrielli praticamente com duas ou três pessoas ao lado. A caminhada organizada do PT (Plebiscito Já) foi um fiasco e bem que o vereador líder do PT na Câmara, Gilmar Santiago, tentou organizar um grupo maior, mas não conseguiu.
3. Os vereadores sd Prisco (PSDB), Suica (PT) e Cláudio Tinoco (DEM) foram os mais organizados. O PSDB, no geral, passou que ninguém viu direito. O PCdoB com meia dúzia de pessoas e mais as batalhadoras de sempre Alice Portugal, Olivia Santana e Aladilce Souza. O PCB bisonho. PMDB idem.
4. Não houve espaço para ninguém e as atenções e os aplausos ficaram para o Movimento do Passe Livre, OBCI, médicos, professores, enfermeiros, mais até de forma isolada do que através dos seus sindicatos e associações. A credibilidade atingiu também a CUT e as representações sindicais e muitas pessoas fizeram protestos isolados, com cartazes, emitindo suas opiniões, livremente.
5. Uma mudança, sem dúvida, bastante expressiva. Isso significa dizer que, ou esses políticos e representações mudam ou deixam de ter importância junto à sociedade. Certamente o maior grupo e mais expressivo foi o estudantil pelo passe livre, ainda assim, dividido em dois blocos durante o desfile.
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6. Vai cair...vai cair a tarifa vai cair. SP já caiu, Pernambuco já caiu, a Bahia vai cair...foi o grito de guerra dos estudantes do MPL durante cortejo ao 2 de Julho.
7. Os carros da cabocla e do caboclo representativos do nativismo tupinambá durante o 2 de Julho demoraram tanto de chegar ao Carmo que um camarada que estava ao meu lado disse: "Esses cabolcos não são da mata".
8. Uma senhora estava tão interessada em mostrar a netinha o prefeito ACM Neto, no Largo do Pelô, que, quando soube que estava vindo ela colocou a meninota no cangote. - Cadê ele vó, perguntou a menina. - Acho que vai laquele bolo ali - respondeu.
9. Certo fez o veredor Claudio Tinoco que organizou várias placas com dizeres ao seu trabalho nas áreas da educação e lazer.
10. Bem, a turma do ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, era tão pequena que cabia numa kombi. Ainda assim, a escudeira deputada Luiza Maia estava vibrando.
11. E João Henrique, me perguntaram na Cantina da Lua se eu tinha visto. Nem em 2012, sequer, quando mais agora.
12. Sêo Barriga deu expediente ao lado da antiga Faculdade de Medicina ao lado de um ex-vereador.
13. O prefeito de Pedrão suava em bicas e quando chegou na Praça Municipal estacionou sua montaria na boca da Ladeira da Praça pra tomar um vento. Tá certo.
14. O acarajé bateu a casa dos R$7,00 completo. E a cocada R$3,00. As baianas venderam tudo.
15. Placa do Observatório da Cidadania: - Policial também é povo.
16. A marcha das vadias algumas colcaram os peitinhos de fora, pintados.
17. Grito de guerra da turma do MPL: - Governador cadê a porra do dinheiro do metrô.
18. Outra placa do MPL: - Povo não deveria temer o governo; o governo é que deveria temer o povo.
19. Não é que tinha uma ala da bateria da Verde e Rosa, da Mangueira.
20. Antigamente, na época de ACM, o então coronel Cristovão Rios, chefe da CM, acertava com Paulo Gaudenzi, do Turismo, para trazer filarmônicas do Recôncavo e colocá-las, em pontos estratégicos, para evitar que o governador tomasse vaias, ou pelo menos para abafar as vaias.
21. Assim, eram colocadas essas bandas no corredor da Lapinha, na descida de Água de Meninos, no Boqueirão, no corredor da Cruz do Pascoal, no Largo do Pelourinho e assim por diante.
22. Neste ano quem fez esse papel foi o Olodum, no Largo do Pelourinho, assim que as autoridades estaduais apontaram na descida próxima a Igreja do Rosário dos Pretos. os faraós do Olodum rufaram os tambores pra valer durante um bom tempo até que a comitiva passasse. Depois, seguiu atrás e retornou pelo outro lado do Terreiro. Que coisa.
23. Faixa da APLB do B: - Pelas professoras mortas nenhum minuto de silêncio, mas, toda uma vida de luta.
24. Cartaz da APLB doB com foto de Wagner e professor Rui: - São farinha do mesmo saco.
25. Grito de guerra do MPL: - Não ao Carnaval..não...não.