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Tasso Franco

PREFEITURA não pagou adicional de férias da folha de dezembro, em SSA

Meta fiscal do governo Dilma foi para o espaço e só artifícios contábeis podem garantir superávit primário desejado
29/12/2012 às 11:17

MIUDINHAS GLOBAIS:


    1. Faltando menos de 48 horas para ACM Neto assumir a Prefeitura de Salvador persistem dúvidas se o Município, de fato, pagou aos servidores públicos ativos, inativos e terceirizados os salários de dezembro e o 13º. O secretário do Planejamento, Oscimar Torres, garante que sim, embora alguns venham a receber seus subsídios no dia 2, estes teriam sido depositados ainda em 2012.

    2. Há iformações precisas passadas por servidores ao BJÁ que, da folha de dezembro, não consta o adicional de férias 1/3 do salário ou algo em torno de + 50%, o que significa dizer que, muitos deles gozarão o período de descanso em janeiro, uma tradicão do Município, mas, sem capilé nas contas. Sobrará, portanto, para a gestão de Neto.

    3. Há, ainda, desconfianças de que o prefeito João Henrique tenha honrado todos esses compromissos de pagamento das folhas como diz Oscimar, diante das naturais oscilações do gestor atual, o qual um momento diz uma coisa e noutro faz outra. Só quando o novo secretário da Fazenda asssumir é de que terá uma realidade desse fato.

    4. Uma outra questão também dita pelo prefeito de que não deixaria dívidas com fornecedores não passa de balela. Há muitas dívidas em curso, inclusive com veículos de comunicação, lixo, saúde, etc, mas, ninguém sabe ao certo qual esse montante. Caberá ao novo gestor revelar o "pepino" até para se precaver de possíveis sobressaltos. Há quem fale em R$300 milhões daí pra cima.
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    5. No plano federal, as contas do setor público consolidado (união, estados e municípios) registram déficit de R$5.5 nilhões só no mês passado, pior resultado da série histórica do Banco Central. No ano, o governo conseguiu acumular um superávit primário (diferença entre receitas e despesas para pagamentos de juros) de R$82.7 bilhões, 2.06% do PIB.

   6. O deficit é expressivo e reflete o crescimento de despesas maior do que receitas. O governo pretendia fazer uma economia de R$139.8 bilhões no ano, mas faltam R$57 bilhões para fechar a conta. Sobrará, portanto, para os chamados artifícios contábeis abatendo R$40 bi do PAC, sendo a meta cumprida com ajustes aqui e acolá. 

   7. Pesou, nesta conta, o excessivo aumento do custeio com o crescimento da máquina estatal, considerada ineficiente, salvo exceções. A presidente Dilma Rousseff, a qual descansa na Bahia e hoje não deu nem um mergulho na praia de Inema, ainda assim está otimista e disse que o seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, só deixa o governo se quiser.

    8. Paciência. Mantega só tem errado. Previu um aumento do PIB em 4% em 2012 e deve fechar o ano com 1%, pior resultado entre os membros dos Brics (China, Rússia, Índia e África do Sul) e só está falando que, em 2013, será melhor. Ninguém acredita. Há gargalos imensos e o governo insiste na sua política estatizante. Teme-se pelo pior neste verão com novos apagões, que o governo insiste em dizer que são falhas humanas e de raios.
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   9. Em Salvador, o verão sinaliza que haverá falta de água em vários bairros e também em cidades da RMS. A Embasa lançou uma campanha para economizar água, por sinal, mal feita, outdoors medonhos e filmetes sem graça, sem criatividade, alertando a população para economizar água. Os investimentos que a empresa está fazendo só serão concluidos em junho de 2013. 
  10. Portanto, vamos seguir o que nos recomenda a Embasa economizando água. No verão, como se sabe, gasta-se mais água do que nos outros períodos do ano, época de mais calor e mais banhos e tudo mais. 

   11. Leitor alerta que, ao lado do antigo Parque Aquático de Salvador, na Avenida Paralela, moradores (invasores) estão aterrando uma lagoa. Nessa fase de transição de governos municipais ocorrem muitos esses fatos: invasões, ocupações de terrenos, obras irregulares e assim por diante.
   
   12. Veja o seguinte: ao lado do Shopping Salvador um camarada loteou um terreno público e fez um estacionamento de veículos. Por 2 horas cobra-se R$1.50; por 6 horas R$3,00; e por 12h, R$4.50. Anda lotado de clientes da Rua Alceu Amoroso Lima, prédios que ficam na rua de fundos da Casa do Comércio.

   13. Nas imediações desse espaço, nas sextas-feiras, às noites, os pagodões retornaram com força total. Uma anarquia total. A Prefeitura acabou uma vez, mas, como a cidade está sem lei, voltou mais forte.