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Tasso Franco

CARTA DE APOIO LULA NO CASO MENSALÃO PODE CRIAR NOVO AMBIENTE POLITICO

Moema cumpre palavra e retira terminal do mijo de Vilas do Atlântico
22/09/2012 às 20:01

Foto: BJÁ
Dois sanitários químicos foram esquecidos à margem do Rio Sapato, em Vilas
   MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. A Carta a Sociedade Brasileira subescrita por seis partidos (PT-PSB-PMDB-PRB-PCdoB e PDT) prestando solidariedade ao ex-presidente Lula da Silva diante do caso "Mensalão", um desagravo ao que foi publicado pela Revista Veja o colocando, segundo Marcos Valério, como chefe do mensalão, despertou sinais preocupantes à democracia sobretudo por tratar a oposição de golpista e levantar possíveis suspeitas sobre a conduta do STF. 

   2. Destaca o documento, e essa é a tese defendida pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, de que há uma tentativa da "direita golpista" de assumir o poder e chegou-se a comparar o momento vivido por Lula, o qual sempre considerou o "Mensalão" uma invencionice, aos vividos por Getúlio Vagas e João Goulart, o primeiro levado ao suicidio e o segundo apeado do poder.

   3. Agora, o que se discute é o pós-carta, a nota dissonante entre os partidos, uma vez que o presidente do PMDB, Valdir Raupp, teria assinado sob pressão um documento que já estava pronto e que teria sido gerado pelo PT e teve uns alinhavamentos do PSB, por Eduardo Campos. Falcão desmente Raupp e a confusão está criada, uma vez que o petista assegura que Raupp assinou por livre e espontânea vontade. 

   4. Mas, o que se sabe, agora, depois de divulgada a carta e do impacto que ela provocou, é que Michel Temer só soube do episódio depois que Raupp já tinha assinado e lideranças da cúpula do PMDB sequer foram consultadas. Ademais, o governador de Pernambuco, disse que a carta divulgada foi a sua carta versão e que ele colaborou no sentido de amainar os termos e não ser pior do que o explicito em "golpismo".

   5. O que se depreende desse episódio é que, a base governista passou a ter um interlocutor mais próximo do PT, o PSB, e não o PCdoB e o PMDB. E isso, poderá ter desdobramentos adiante, aliás, como já está acontecendo na Bahia onde Lula fez um comício para Pelegrino (PT) e não fez nenhum aceno de simpatia a MK (PMDB) e Márcio Marinho (PRB), sequer uma gravação para a TV. 

   6. Como Eduardo Campos (PSB) tem dado sinais de que poderá concorrer à presidência da República, em 2014, embora negue afirmando que Dilma está muito forte e ele seguirá a presidente, de repente, das duas uma: ou vai mesmo para presidente ou disputará com o PMDB a condição de vice. 

   7. Veja também o seguinte: a senadora Lidice da Mata (PSB) está a mil por hora participando de campanhas no interior, ajudando os candidatos do PSB e aliados. E o faz até na capital, com vereadores do PSB, desgarrada de Pelegrino, como aconteceu esta semana no bairro de São Caetano liberando criticas ao prefeito JH, ao que o próprio assegura, candidato a governador em 2014.

   8. É isso: a politica vai dando esses sinais nas preliminares. O PMDB que abra o olho e bem aberto. O PRB, de sua parte, está zoiudo: liderando a campanha em SP, com Russomano, tinha mesmo era que assinar a carta pensando no segundo turno.
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   9. A prefeita de Lauro de Freitaas, Moema Gramacho (PT), finalmente cumpriu a sua palavra referendada em assembleia de moradores e retirou da Av Nossa Senhora de Copacabana, no Balneário de Vilas do Atlântico, o terminal rodoviário dos ônibus que rodam para Salvador. Com essa medida devolvou ao local à condição de ponto de veraneio e turismo respeitando-se o silêncio e resguardando o Rio Sapato da poluição que estava sofrendo.

   10. Agora, por esta e outras avenidas de Vilas circulam micro-ônibus bairro-a-bairro (Vilas-Itinga; Vilas-Portão etc) e os ônibus que fazem as linhas intermunicipais para Salvador estão em terminal na Praia da Tramandaí. No final de linha, por último a Prefeitura precisa fazer uma limpeza e retirar os sanitários químicos que esqueceram à beira do Rio Sapato. 

   11. Parabéns, portanto, para Moema porque essa era uma situação antiga e que se arrasta desde outros governos municipais.